Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/1460
Autor(es): Silva, Milena Veronezi
Orientador: Miguel Machinski Junior
Título: Determinação de aflatoxina m1 em leite bovino UHT por cromatografia líquida de alta eficiência
Banca: Maria Antonia Calori Domingues - USP/Esalq
Banca: Jesuí Vergílio Visentainer - UEM
Palavras-chave: Aflatoxina M1;Cromatografia líquida de alta eficiência;Leite UHT;Micotoxinas;Ingestão diária provável;Brasil.;Aflatoxin M1;High performance liquid chromatography;UHT milk;Mycotoxins;Brazil.
Data do documento: 2013
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Resumo: As micotoxinas são metabólitos secundários produzidas por uma série de fungos, dentre elas as aflatoxinas são produzidas dos fungos Aspergillus flavus, A. parasiticus e A. nomius e estão presentes em vários produtos agrícolas importantes, como os cereais. A aflatoxinas B1 é a mais estudada por ser a de maior ocorrência e ser um potente hepatocarcinógeno. Em mamíferos, a aflatoxina B1 é biotransformada em aflatoxina M1, produto hidroxilado, eliminada pela urina e secretada no leite. A introdução da aflatoxina M1 na dieta tem ocorrido principalmente pela ingestão de leite bovino. Devido aos seus efeitos, a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer - IARC incluiu em 2002 a aflatoxina M1 no grupo 1, ou seja, carcinogênica para humanos. O Brasil produziu 32,091 bilhões de litros de leite em 2011, dos quais 67,9% foram adquiridos pela indústria de laticínios. O estado do Paraná ocupou a terceira colocação na produção nacional com 11,9%. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida, o consumo de leite UHT teve um aumento em 2011 de 6,7%, passando de 5,45 milhões de litros para 5,81 milhões de litros, superando o segmento do leite em pó e pasteurizado. A exposição às micotoxinas ocorre pela ingestão de alimentos contaminados, portanto há um risco a saúde da população humana e animal. A avaliação de risco consiste em analisar a exposição humana ao toxicante quantificado nos alimentos em um local. Portanto, há necessidade de métodos analíticos confiáveis para a determinação de toxicantes em alimentos, ou seja, para quantificação da aflatoxina M1 em leite requer a determinação de níveis traços desta toxina (ng ou pg). Tendo em vista o consumo e a importância do leite bovino UHT para a alimentação da população brasileira. Os objetivos deste estudo foram otimizar e validar um método de análise para a determinação de aflatoxina M1 em leite bovino por cromatografia líquida de alta eficiência, estimar a exposição da população à aflatoxina M1 em leite UHT comercializado em Maringá, Paraná, Brasil e investigar a ocorrência da toxina em diferentes estações do ano. A validação intralaboratorial foi realizada conforme a Diretiva 2002/657/EC de 12 de agosto de 2002 da Comunidade Européia e o Manual de Garantia de Qualidade Analítica do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) do Brasil. O método se mostrou seletivo, apresentou uma média de recuperação de 89,9% e uma reprodutibilidade de 5,6%, os valores de limite de detecção e de quantificação foram de 0,0000156 μg/kg e de 0,0000519 μg/kg e os valores para o limite de decisão (CCα) e a capacidade de detecção (CCβ) foram de 0,56 μg/kg de 0,62 μg/kg, respectivamente. A metodologia analítica validada é eficiente para determinação de aflatoxina M1 em leite bovino e cumpriu os critérios estabelecidos pelas normas. Para estimar a exposição da população à aflatoxina M1, foram coletadas 152 amostras de leite bovino integral UHT de quatro marcas diferentes em três supermercados do município de Maringá, Paraná, Brasil. Das 152 amostras analisadas, 133 (87,5%) estavam contaminadas, apresentando um valor médio de aflatoxina M1 de 19,6 ng/L. As amostras que apresentaram maior nível de contaminação pertenciam as estações do outono e inverno que apresentaram uma concentração média de 121 e 72,8 ng/L, respectivamente. Em nosso estudo, a estação do outono, que foi significativamente maior que as médias das demais estações (p<0,05) apresentou uma média de contaminação 11 de 30,4 ng/L, conseqüentemente apresentou o maior nível de ingestão diária provável (IDP), 0,07 ng/kg p.c.. Neste estudo, a IDP estimada para aflatoxina M1 na população estava abaixo da IDT proposta por Kuiper-Goodman (1991). Entretanto, a alta ocorrência desta micotoxina em leite UHT (87,5%) encontrada nas amostras analisadas demonstra a necessidade do monitoramento deste alimento para diminuir o risco de carcinoma hepatocelular na população brasileira.
Abstract: Mycotoxins are secondary metabolites produced by a variety of fungi, including aflatoxins produced of Aspergillus flavus, A. parasiticus and A. nomius and are present in many important agricultural products, such as cereals. Aflatoxin B1 is the most studied because it is the most frequent and is a potent hepatocarcinogenic. In mammals, aflatoxin B1 is biotransformed in aflatoxin M1, hydroxylated product, eliminated in urine and secreted in milk. The introduction of aflatoxin M1 in diet has occurred mainly by ingestion of bovine milk. Due to its effects, the International Agency for Research on Cancer - IARC in 2002 included aflatoxin M1 in group 1, carcinogenic to humans. Brazil produced 32.091 billion liters of milk in 2011, 67.9% of which were purchased by the dairy industry. The state of Paraná occupied the third place in the national production with 11.9%. According to the Brazilian Association of Long Life Milk, UHT milk consumption has increased in 2011 by 6.7% from 5.45 million liters to 5.81 million liters, exceeding the segment milk powder and pasteurized. Exposure to mycotoxins occurs by ingestion of contaminated food, so there is a risk the health of human and animal population. The risk assessment is to analyze human exposure to toxicant quantified in food in one place. Therefore, there is need for reliable analytical methods for determining toxicantes in foods, ie for quantification of aflatoxin M1 in milk requires the determination of trace levels of this toxin (ng or pg). Given the importance of consumer and UHT bovine milk to feed the population, the objectives of this study were to optimize and validate an analytical method for the determination of aflatoxin M1 in cow milk by high performance liquid chromatography with fluorescence detection system, estimate the population exposure to aflatoxin M1 in milk marketed in Maringá, Paraná, Brazil and investigate the occurrence of toxin in different seasons. The intralaboratory validation was performed according to Directive 2002/657/EC of 12 August 2002 of the European Community and the Manual of Analytical Quality Assurance of the Ministry of Agriculture, Livestock and Supply (MAPA) of Brazil. The method proved to be selective, showed an average recovery of 89.9% and a reproducibility of 5.6%, the values of detection and quantification limits were 0.0000156 µg/kg and 0.0000519 µg/kg and the values for the decision limit (CCα) and detection capability (CCβ) were 0.56 µg/kg, 0.62 µg/kg, respectively. A validated analytical method is efficient for determination of aflatoxin M1 in milk and bovine met the criteria established by the rules. To evaluate the estimate population exposure to aflatoxin M1, we collected 152 samples of bovine milk UHT of four brands in three different supermarkets from Maringá, Paraná, Brazil. Of the 152 samples, 133 (87.5%) was contaminated with an average value of aflatoxin M1 19.6 ng/L. The samples that showed higher levels of contamination belonged seasons winter and autumn showed a mean concentration of 121 and 72.8 ng / mL, respectively. In our study, the autumn season, which was significantly higher than the averages of the other seasons (p <0.05) showed a mean contamination level of 30.4 ng/L, therefore had the highest level of probable daily intake (PDI), 0.07 ng/kg of body weight. In this study, the PDI estimated for aflatoxin M1 in the population were below the PDI proposed by Kuiper-Goodman (1991). However, the high occurrence of this mycotoxin in milk (87.5%) found in the samples demonstrates the necessity of 9 monitoring of food to reduce the risk of hepatocellular carcinoma in the Brazilian population.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/1460
Aparece nas coleções:2.1 Dissertação - Ciências Agrárias (CCA)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
000215445.pdf606,4 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.