Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/1522
Autor(es): Moletta, José Luis
Orientador: Ivanor Nunes do Prado
Título: Desempenho, características da carcaça e da carne de bovinos não castrados e castrados terminados em confinamento e alimentados com três níveis de concentrado
Banca: Ulysses Cecato - UEM
Banca: Luiz Paulo Rigolon - UEM
Banca: Jair de Araújo Marques - UFRBA
Banca: Daniel Perotto - IAPAR
Palavras-chave: Bovinos de corte;Desempenho;Classe sexual;Característica de carcaça;Brasil.;Cutting cattle;Performance;Sexual class;Carcass characteristics;Brazil.
Data do documento: 2011
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Resumo: Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da classe sexual e de diferentes níveis de concentrado na dieta, sobre o desempenho durante a terminação de bovinos em confinamento, sobre as características quantitativas e qualitativas da carcaça e da carne bem como sobre os pesos dos cortes básicos, os pesos dos componentes físicos dos cortes básicos e os pesos dos principais cortes comerciais das carcaças. Foram utilizados 169 bovinos composto Purunã, sendo 94 não-castrados e 75 castrados, com idade média de 19 meses no início do confinamento. Os animais foram mantidos no confinamento em baias individuais por um período total de 116 dias, alimentados com uma dieta composta por silagem de milho e três níveis de concentrado (0,8; 1,1 e 1,4% do peso vivo), composto por farelo de soja (25%), milho grão triturado (73%), sal mineralizado (1%) e calcário calcítico (1%), ajustado no início do experimento e ao final de cada período de 28 dias. A interação classe sexual × nível de oferta de concentrado não foi significativa (P>0,05) para nenhuma das variáveis estudadas. O aumento do nível de concentrado na dieta não influenciou o desempenho dos animais, embora tenha sido constatado maior (P<0,05) consumo de matéria seca (CMS) para os animais alimentados com dieta contendo os níveis de concentrado de 1,4% (8,89 kg) e de 1,1% (8,48kg) em relação ao nível de 0,8% (7,75kg). Os animais não-castrados foram mais eficientes do que os animais castrados, pois apresentaram maior ganho de peso (1,329 x 1,119 kg/animal/dia), melhor conversão alimentar (6,62 x 7,56 kg MS/kg ganho), maior ganho de carcaça (86,65 x 69,25 kg) e melhor eficiência na conversão de MS consumida em carcaça (11,73 x 14,23 kg MS/kg de carcaça ganho). Os animais não-castrados apresentaram peso de abate (493,13 kg) superior aos animais castrados (450,00 kg) bem como maior rendimento de carcaça (55,19 x 53,49%) resultando em um peso de carcaça quente 12,05% maior em relação aos castrados, porém, com menor grau de acabamento (3,60 x 4,21 mm, respectivamente). Animais não-castrados apresentaram carcaças de melhor conformação e área de Longissimus dorsi (68,89 x 63,5 cm2), com maior percentual de músculo (66,46 x 62,81%) em detrimento aos castrados. A carne dos animais não-castrados apresentou-se mais escura e com menor grau de marmorização em relação aos castrados. Não se verificaram diferenças na maciez e suculência da carne, embora os animais castrados apresentassem carne mais palatável. Animais não-castrados apresentaram maior percentual de dianteiro (38,37 x 36,11%) enquanto que os castrados apresentaram maiores percentuais de costilhar (19,69 x 18,51%) e traseiro (44,19 x 43,11%). Na desossa dos cortes comerciais, os animais não-castrados apresentaram maiores rendimentos de músculos nos três cortes, resultando ao final em maior rendimento de porção comestível (84,31 x 83,22%) nas carcaças destes animais. Os novilhos não-castrados também produziram maiores pesos de filé mignon , patinho, coxão mole, coxão duro, lagarto, alcatra e contrafilé. A terminação de bovinos jovens não-castrados em confinamento é indicada, pois estes animais são mais eficientes e produzem carcaças com maior quantidade de porção comestível e maiores rendimentos de cortes comerciais permitindo com isso maior valorização da carcaça. No entanto, Ficou evidenciada a necessidade de melhoria das características de deposição de gordura e proporção de traseiro especial nas carcaças dos animais não-castrados, portanto demanda de estudos para identificar fatores que possam contribuir para alcançar este objetivo.
Abstract: This work was carried out with the objective of evaluating the effect of physiological condition and different levels of concentrate in diet on cattle performances during the finishing phase in feedlots, upon quantitative and qualitative carcass and meat traits as well as on yield and weight of primary and commercial carcass cuts. A total of 169 composite Purunã animals, being 94 non-castrated and 75 castrated, with average age of 19 months at the beginning of the feedlot period, were used. These animals were maintained in individual stalls during a 116 day period being fed with a diet of corn silage and three levels of concentrate (0.8; 1.1 and 1.4% of live body weight). The concentrate was formulated with 25% soybean meal, 73% of ground corn grain 1% of a mineral mix and 1% of limestone and was adjusted at the beginning of the experiment and at the end of each 28 day period. The interaction between physiological condition and level of concentrate was not significant (P>0.05) for any of the studied variables. The increase in the level of concentrate in the diet did not influence animal performance even though a higher dry matter intake was observed for the animals fed with 1.4% (8.89 kg) and with 1.1% (8.48 kg) levels of concentrate in contrast with those fed with 0.8% level (7.75 kg). The non-castrated animals were more efficient than the castrated ones with higher average daily gain (1.329 kg x 1.119 kg), better feed conversion ratio (6.62 x 7.56 kg of DM/kg of ADG), higher carcass gain (86.65 x 69.25 kg) and better conversion of DM intake to carcass (11.73 x 14.23 kg MS/kg of carcass gain). Likewise, the non-castrated animals presented heavier slaughter weight (493.13 kg) in comparison with the castrated ones (450.00 kg) as well as higher carcass yield (55.19 x 53.49%), resulting in a hot carcass weight 12.05% heavier than castrated animals, though with a lower degree of carcass finishing (3.60 x 4.21 mm, respectively). In addition, non-castrated animals produced carcasses with better conformation and higher area of Longissimus dorsi (68.89 x 63.5 cm2), and higher percentage of muscle in comparison with the castrated (66.46 x 62.81%). The meat of the non-castrated animals was darker and with lower degree of marbling in relation to castrated ones. Nevertheless, no differences were observed for tenderness nor for juiciness, though castrated animals had more palatable meat. Non-castrated animals showed higher hot carcass weights (275.36 x 236.54 kg) and higher percentage of forequarter (38.37 x 36.11%) whereas the castrated animals presented higher percentages of side (19.69 x 18.51%) and hindquarter (44.19 x 43.11%). Upon removing the bones of the commercial cuts, the non-castrated animals produced higher yields of muscles in the three primary cuts, resulting at the end in higher yield of eatable portion of the carcass (84.31 x 83.22%). The non-castrated animals also produced higher weights of tender loin, knuckle, inside round, outside round, eye of round, rump and strip loin. The finishing of non castrated young animals in feedlot is recommended since the animals produce carcasses with higher amount of eatable meat and higher yields of commercial cuts allowing a better price for carcass. Nevertheless, this work revealed the need to improve the characteristics related to fat deposition (marbling) and proportion of hindquarter of non-castrated animals, thus demanding more studies in order to identify factors that can contribute to this objective.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/1522
Aparece nas coleções:3.1 Tese - Ciências Agrárias (CCA)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
000198818.pdf838,24 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.