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Autor(es): Fonseca, Elieth Lessa
Orientador: Sônia Silva Marcon
Título: A experiência da família ao cuidar de bebês nascidos com baixo peso nos primeiros seis meses após a alta hospitalar.
Título(s) alternativo(s): The experience of the family on taking care of low birth weight babies during the first six months after hospital discharge.
Banca: Giselle Dupas - UFSCar
Banca: Luciana Olga Bercini - UEM
Palavras-chave: Enfermagem pediátrica;Recém-nascido de baixo peso;Cuidados;Cuidado do lactente;Saúde da criança;Enfermagem pediátrica. Família;Atenção primária à saúde;Cuidado domiciliar;Relações familiares;Enfermagem perinatal;Perinatologia;Neonatologia;Brasil.;Infant care;Child health;Pediatric nursing;Family;Primary health care;Home care;Family relations;Brazil.
Data do documento: 2009
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Resumo: O objetivo deste estudo foi identificar como é para a família a experiência de cuidar, no domicílio, de uma criança nascida com baixo peso nos primeiros seis meses após a alta hospitalar. Trata-se de um estudo descritivo longitudinal, de caráter qualitativo, desenvolvido junto a seis famílias residentes em Maringá-PR. Os dados foram coletados no período de fevereiro a setembro de 2008, por meio de entrevistas semiestruturadas gravadas e observação não-sistematizada, em quatro encontros: uma semana, um mês, três e seis meses após a alta hospitalar. Para análise das informações, adotou-se a análise de conteúdo proposta por Bardin (1977), da qual emergiram cinco categorias temáticas: sentimentos decorrentes da presença do bebê em casa; cuidados cotidianos com o bebê; rede de apoio à família após a alta hospitalar; enfrentamento de intercorrências na saúde do bebê e dificuldades para cuidar. Os resultados revelaram que cuidar de um bebê de baixo peso constituiu para as famílias uma experiência intercalada por momentos alegres e angustiantes. O retorno para casa foi permeado por sentimentos de felicidade e tranqüilidade, por significar, em primeira instância, que o bebê estava bem a ponto de ir para casa e significava oportunidade de dedicar amor e carinho ao novo membro familiar. A realidade vivenciada no dia-a-dia, no entanto, desencadeou uma série de sentimentos e a insegurança e o medo, seja da necessidade de reinternação, de perder o bebê ou de não conseguir cuidar adequadamente dele, foram os mais freqüentes. No domicílio, as mães, principais responsáveis pelos cuidados físicos e psicoafetivos do bebê, agiam de acordo com suas crenças e experiências anteriores, com valorização das orientações profissionais, sobretudo quanto aos cuidados para evitar perda de peso do bebê. Para tanto, elas reproduziram os cuidados realizados no hospital, inclusive algumas adotaram o complemento alimentar da mesma forma como era feito no hospital. A ajuda da rede de apoio foi valorizada pelas famílias, destacando a participação do pai e avós tanto no cuidado com o bebê como também no dos outros filhos ou nas tarefas domésticas. Diante das intercorrências na saúde do bebê, foi evidente a atuação das mães, com seus próprios recursos, na busca de orientações junto a familiares mais experientes ou na busca por atenção médica. Nestes primeiros meses no domicílio, as famílias perceberam diversas dificuldades para cuidar do bebê de baixo peso, e destacaram a dificuldade de acesso aos profissionais de saúde e a alguns serviços de saúde, o que as levou a fazerem um plano de saúde para a criança, mesmo com dificuldade financeira. Outras dificuldades referidas estavam relacionadas à rotina diária; características dos bebês de baixo peso e prematuros; bem como condições financeiras; pessoais e a necessidade de retorno ao trabalho. No decorrer do período em estudo, as famílias, por meio de suas mães, mostraram-se mais fortalecidas e seguras em relação ao cuidado com o bebê de baixo peso. Concluiu-se que as famílias dos bebês de baixo peso deste estudo apresentaram necessidades de acompanhamento profissional após a alta hospitalar, pela complexidade do momento que vivenciavam, mas a 10 equipe de saúde não esteve presente no domicílio para o acompanhamento do bebê de baixo peso e a enfermagem praticamente permaneceu invisível para as famílias desses bebês após a alta hospitalar. Um acompanhamento domiciliar, valorizando a participação das famílias com suas crenças e conhecimentos poderiam influenciar positivamente a qualidade dos cuidados oferecidos por elas aos seus bebês de baixo peso, garantindo crescimento e desenvolvimento adequados ou, pelo menos, com mais qualidade de vida para aqueles bebês com seqüelas irreversíveis. Portanto é urgente que todos, gestores e profissionais, "envolvam-se" para que as práticas de cuidado ao bebê de baixo peso se aproximem daquilo que é proposto teoricamente e recomendado, há algum tempo, no âmbito das políticas públicas sobre o cuidado á saúde da criança.
Abstract: The goal of this study was to identify how it is for the family to take care, at home, of a low birth weight child during the first six months after hospital discharge. This is a longitudinal descriptive study of qualitative approach and it was developed together with six families living in Maringá, PR-Brazil. The data was collected from February to September 2008 through recorded semi-structured interviews and non-systematic observation in four meetings: one week, one month, three and six months after hospital discharge. To analyze the information, the content analysis proposed by Bardin (1977) was used, from which five thematic categories emerged: feelings resulting from the presence of the baby at home; daily baby care; family support network after hospital discharge; facing baby health incidents and difficulties in caring. Results revealed that taking care of a low weight baby was, for the families, an experience interchanged with cheerful and anguishing moments. Homecoming was filled with happy feelings and tranquility as it meant, at first instance, that the baby was ready to go home and it consisted in an opportunity to dedicate love and affection to the new family member. The reality experienced day by day, however, unleashed a series of feelings and the apprehension and fear, be it of hospital readmission, of losing the baby or of not being able to provide him proper care were the most frequent. At home, the mothers (main responsible ones for the baby physical and psycho-affective care) acted according to their beliefs and previous experiences, valuing professional orientation especially on how to prevent the baby from losing weight. Therefore, they reproduced the hospital care at home. Some of them even made use of the diet supplement the same way it was done at the hospital. The help from the support network was valued by the families, highlighting the participation of the father and grandfathers while caring for the baby as well as for the other children or on domestic chores. Facing incidents concerning the baby's health, mothers showed themselves active, using their own means to seek for orientation from more experienced relatives or medical attention. On these first months at home, families perceived several difficulties while caring for a low birth weight baby and highlighted the difficulty to reach healthcare professionals and some of the healthcare services, which lead them to pay for a private healthcare plan for the child, even though facing financial problems. Other mentioned difficulties were related to the daily routine, characteristics of the low birth weight and premature babies, financial situation, personal issues and the necessity to get back to work. As the period of the study elapsed, the families (through their mothers) showed themselves to be strengthened and secure concerning low birth weight baby care. The conclusion was that the families from these low birth weight babies in study presented the need of professional follow-up after hospital discharge, due to the complexity of the situation they were experiencing. The healthcare team, though, was not present at their homes for the follow-up on the low birth weight babies and the nursing remained practically invisible to the families of these babies after hospital discharge. Home care valuing the families' participation with their beliefs and 12 knowledge could positively influence the quality of the care offered by them to their low birth weight babies, ensuring adequate growth and development or, at least, a better quality of life for those babies with irreversible sequelae. Therefore, it is urgent that everyone, supervisors and professionals, get involved so that the care practices to low birth weight babies be close to what is being theoretically proposed and recommended for some time now when it comes to public policies on child healthcare.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/2290
Aparece nas coleções:2.3 Dissertação - Ciências da Saúde (CCS)

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