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Autor(es): Tomeleri, Keli Regiane
Orientador: Sonia Silva Marcon
Título: A experiência de mães adolescentes cuidando de seus filhos nos primeiros seis meses de vida
Banca: Marisa Monticelli - UEM
Banca: Maria Angélica Pagliarini Waidman - UEM
Palavras-chave: Gravidez na adolescência;Cuidado da criança;Relações mãe-filho;Cultura;Saúde materno-infantil;Enfermagem;Atenção primária à saúde;Cuidados;Maternidade na adolescência;Brasil.;Pregnancy adolescent;Child care;Culture;Mother-child relations. Maternal and child health;Nursing;Primary health care;Brazil.
Data do documento: 2007
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Resumo: O estudo teve por objetivos compreender a experiência da mãe adolescente no cuidado ao filho nos seis primeiros meses de vida e identificar de que maneira a enfermeira pode auxiliar as mães adolescentes a construírem essa experiência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que adotou o referencial teórico da Teoria de enfermagem da Diversidade e Universalidade Cultural do Cuidado e o metodológico pesquisa de campo Convergente-Assistencial, desenvolvida no município de Cambé-Pr. Os dados foram coletados entre Fevereiro e Outubro de 2007, por meio de entrevistas e observação participante, em duas etapas: a primeira na maternidade e a segunda no domicílio (em quatro visitas domiciliares). As informantes foram seis mães adolescentes, sendo quatro acompanhadas até o sexto mês, uma até o primeiro mês, uma até quinze dias. A idade variou entre 15 a 18 anos, sendo para quatro o primeiro filho e para duas o segundo. Três adolescentes não residiam com o pai do filho, mas com a família, embora duas delas ainda mantinham relacionamento com os mesmos. Cinco informantes pararam de estudar pela gravidez, dessas, duas (que estavam no segundo filho) abandonaram os estudos já na primeira gravidez. Somente duas desejaram engravidar, porém nenhuma das outras utilizava de forma adequada algum método de prevenção. A experiência do cuidado foi vivenciada de diferentes formas por cada mãe adolescente. Para quatro os cuidados foram desenvolvidos com segurança e integralmente desde o nascimento e para duas a adaptação na primeira semana foi acompanhada de medos e insegurança. Suas mães serviram como suporte, inserindo-as gradativamente na prática do cuidado ao filho. Ao final do primeiro mês todas sentiam segurança e cuidavam do filho integralmente. No quarto mês desenvolviam os cuidados com autonomia, conciliando-os com outras atividades. No sexto mês não apresentaram dificuldades na introdução da alimentação complementar e algumas retomaram alguns projetos de vida. Durante os seis meses as crianças apresentaram intercorrências de saúde, sendo que na maioria dos 7 casos, as mães associavam práticas de cuidado popular às do cuidado profissional. Algumas mães enfrentaram intercorrências relacionadas à amamentação, o que interferiu no desempenho desta atividade, tanto que aconteceu um caso de amamentação cruzada e três de desmame. Todas demonstraram cuidar bem dos filhos, sendo que a maioria das ações foram no sentido de preservar os cuidados. Em alguns casos foi necessário a acomodação e em três a repadronização. A família se manteve como suporte nos cuidados, sendo que para a maioria das adolescentes sua mãe era a referência mais importante. Este estudo mostrou a importância de se compreender a experiência da mãe adolescente no cuidado ao filho para a prática assistencial, sendo necessário reconhecer essa prática de cuidados para desenvolver uma assistência condizente com a cultura em que a mãe está inserida. É evidente a necessidade dos profissionais de saúde redefinirem a postura em relação à mãe adolescente e sua família, o grande desafio é estabelecer um vínculo com ela, a família e a rede de apoio que se forma, mantendo um canal de confiança que auxilie no cuidado popular e profissional com o filho.
Abstract: This study aims at understanding the experience of the adolescent mother with respect to child care in the first six months after birth and to identify how the nurse can assist the adolescent mother to construct this experience. It is a qualitative practice-converging field research that adopted the theoretical referentials of Culture Care Diversity in Nursing Practice and was developed in Cambé-Pr. Data were collected from February to October, 2007 by means of interviews and participative observation, accomplished in two steps: first at the maternity hospital and then at domicile, through 4 home visits. The informants were six mothers, of which 4 were followed until the sixth month, one for one month, one for a fortnight. Ages varied from 15 to 18. Four of the participants were primipara and two, bipara. Three of the adolescents did not live with the father of their child but with their family, though two of them maintained relationship with him. Five informants stopped formal education due to the pregnancy, the two who had their second child had already abandoned school when they first got pregnant. Only two wished to become pregnant, though none of the others used a proper method of prevention. Child care was experienced in different ways by each of the adolescent mothers. Four of them developed care securely and integrally from birth on and two felt fear and insecure during a one week adaptation period. Their mothers were their support and introduced them into child care practice. At the end of the first month, all felt secure and nursed the child integrally. In the fourth month they developed care independently, even conciliating this with other activities. In the sixth month they did not present difficulty at introducing complementary feeding and some resumed some of their life projects. During the sixth months of follow up, the children presented some health intercurrences; in most cases the mothers associated popular care practices to professional care. Some mothers faced intercurrences related to breast feeding, which interfered in the accomplishment of this activity and led to one case of cross feeding and three cases of ablactation. All attended their child well and most of the 9 actions intended care preservation. In some cases, accommodation was needed and in three, re-standardization. The family sustained care support and for most of the adolescents their mothers were their main reference. This study shows the importance for care practice to understand the experience of the adolescent mother in taking care of her child, being it necessary to recognize her care practice in order to develop care assistance compatible with the culture of the mother. The need for redefining thehealth professionals' attitude towards the adolescent mother and her family is evident. The challenge is to establish a bond with her, with her family and the supporting network involved as to maintaining reliable channel that helps them with popular and professional child care.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/2291
Aparece nas coleções:2.3 Dissertação - Ciências da Saúde (CCS)

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