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Autor(es): Brischiliari, Adriano
Orientador: Maria Angélica Pagliarini Waidman
Título: A participação do portador de transtorno mental no contexto familiar
Banca: Sonia Silva Marcon - UEM
Banca: Mariluci Alves Maftum - UFPR
Palavras-chave: Saúde mental;Atenção básica;Relações familiares;Portadores de transtorno mental;Família;Enfermagem psiquiátrica;Cuidadores;Portadores de transtornos mentais;Relações enfermeiro-paciente;Saúde mental;Acompanhamento domiciliar;Assistência psiquiátrica;Brasil.;Mental health;Nursing;Family;Family relations;Brazil.
Data do documento: 2010
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Resumo: O objetivo geral deste estudo foi entender como o familiar percebe a participação do portador de transtorno mental na vida em família. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa que utilizou a história oral temática como técnica de coleta dos dados e foi realizado no período de março a maio de 2010. Os colaboradores foram doze famílias de portadores de transtornos mentais (PTM) residentes no município de Maringá - PR. Os dados foram analisados por meio da técnica de análise temática de conteúdo de Bardin. Respeitaram-se todos os aspectos éticos e o estudo foi aprovado mediante o Parecer 509/2009. Os resultados apontam que as questões econômico-financeiras estão presentes na vivência do PTM e de seus familiares. Ao buscar sua inserção no mercado de trabalho, o PTM enfrenta o estigma presente na sociedade no que tange à doença mental e às limitações impostas pela doença. Superar essas dificuldades constitui um desafio, sendo necessárias atitudes de determinação e apoio familiar para que se minimizem os sentimentos de inutilidade do PTM e este adquira comportamentos de superação, com a elevação da auto-estima e a recuperação da cidadania. Há também portadores que não estão ativos no mercado de trabalho. Alguns não conseguem superar os sintomas da doença e ficam impossibilitados de atuar profissionalmente, enquanto outros escolhem não trabalhar, o que implica em sobrecarga financeira para a família. Assim, existem PTMs que atuam profissionalmente; os que querem trabalhar e não têm oportunidade de fazê-lo; os que começam a trabalhar, mas não conseguem manter-se ativos profissionalmente; aqueles que não querem trabalhar; os que recebem benefício; os que o tentam, mas não conseguem; os que colaboram financeiramente no domicílio e os que não o fazem. Percebe-se que a participação do PTM no contexto e convívio de sua família ocorre de diferentes formas. Essa participação varia de família para família e se dá de forma mais adequada nas que permitem e estimulam a participação do portador, sem receio, estigma ou preconceito. O PTM pode demonstrar sua importância junto à família e conquistar seu respeito e apoio quando realiza pequenas tarefas familiares e domiciliares, deixando de sobrecarregar os demais. Ao vivenciar as relações em família, destacam-se na rotina diária sentimentos e emoções decorrentes, principalmente, das dificuldades impostas pela doença. Neste sentido, é necessário que o familiar o auxilie, mas busque um ponto de equilíbrio para que não fique doente mental e fisicamente. É necessário que a família compreenda as características do transtorno mental para que atribulações e percalços não estejam presentes nestes relacionamentos, ou, quando presentes, tenham menores efeitos. Conclui-se que fornecer informação é condição primordial para que se efetive a inclusão definitiva do portador na família e em todos os seus meandros. Essa lacuna pode ser suprida pela atuação do enfermeiro com orientações e acompanhamento direcionados a cada caso, tanto nos serviços especializados de saúde mental quanto na unidade básica de saúde de referência, no próprio ambiente domiciliar, em grupos de apoio e em associações de familiares e portadores. Ressalta-se assim a necessidade de o enfermeiro estar atento a esse contexto, buscando capacitar familiares e portadores para que esta relação não seja conflituosa e flua naturalmente.
Abstract: The general objective of this study was to understand how family members perceive the participation of mental health patients in family life. It is a descriptive study with a qualitative approach using thematic oral history as the data collection technique, carried out between March and May 2010. The contributors were 12 families of mental health patients (MHPs), living in the city of Maringá - PR. Data were analyzed using Bardin's thematic content analysis technique. All ethical aspects were observed and the study was approved under Opinion 509/2009. The study indicates that economic-financial issues are present in the daily lives of MHPs and their family members. When looking for placement in the workforce, MHPs face societal stigma regarding mental illness and the limitations imposed by it. Overcoming these difficulties represents a challenge, requiring attitudes of determination and family support to minimize feelings of uselessness and acquire resilient behaviors, with improved self-esteem and restored citizenship. There are also patients who are not active in the workforce. Some cannot overcome the symptoms of the illness and are unable to perform professionally, whereas others choose not to work, which results in a financial burden on the family. Thus, there are MHPs who work; those who want to work but do not have the opportunity; those who begin to work, but cannot remain active professionally; those who do not want to work; those who receive benefits; those who try, but are unable; those who contribute financially at home; and those who do not. It is observed that the participation of MHPs in the family context and coexistence takes place in different forms. This participation varies from family to family, and happens most effectively in those which allow and encourage the patient's participation, with no apprehension, stigma or prejudice. MHPs can demonstrate their importance in the family and earn their respect and support by performing small family and domestic chores, unburdening the other family members. By experiencing family relations, certain feelings and emotions stand out in the daily routine, resulting especially from the difficulties imposed by the illness. In that sense, it is necessary that family members assist the MHP, while balancing their own needs so that they do not become mentally and physically ill themselves. Families must understand the characteristics of the mental illness so that tribulations and mishaps are not present in these relationships, or at least have less intense effects when they do happen. It is concluded that providing information is an essential condition for definite patient inclusion in the family and all its ramifications. This gap may be filled by nurses, through guidance and follow-up directed at each case, either in specialized mental health services or primary basic health units, at home, in support groups and in associations of family members and patients. This reinforces the need for nurses to be alert to this context, enabling family members and patients so that their relationship is not conflictive and flows naturally.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/2303
Aparece nas coleções:2.3 Dissertação - Ciências da Saúde (CCS)

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