Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/3041
Autor(es): Borges, Fernanda de Souza
Orientador: Paulo José da Costa
Título: Estados depressivos neuróticos e suas relações com o desejo : um estudo psicanalítico
Título(s) alternativo(s): Neurotic depressive states and their relations with the desire: a psychoanalytic study
Banca: Hélio Honda - UEM
Banca: Norma Lottenberg Semer - UFESP
Palavras-chave: Depressão mental;Neuroses;Desejo;Psicanálise;Doença mental;Tratamento;Desordem mental;Fisiopatologia;Depressão;Contemporaneidade;Brasil.;Depression;Desire;Contemporaneity;Brazil.
Data do documento: 2014
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Resumo: A depressão tornou-se uma das formas privilegiadas de sofrimento na contemporaneidade, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a afirmar que em 2020 a depressão será a maior causa de incapacitação, sendo considerada mais prejudicial que angina, artrite, asma e diabetes, com a perspectiva de que em 2030 será a doença mais frequente no mundo. Esse alarme tem sido feito na mídia de maneira geral, em jornais de grande circulação e revistas científicas de diversas áreas da saúde e ciências humanas. Que o homem contemporâneo sofre de um mal-estar generalizado que o abate, desanima, paralisa, não parece passar despercebido por quase ninguém. Diante da paralisia expressa pela depressão e a partir da premissa freudiana de que o desejo é aquilo que pode pôr o aparelho psíquico em movimento, esse trabalho teve por objetivo investigar as relações entre as formas depressivas neuróticas presentes na contemporaneidade e o desejo, num diálogo que atravessa a clínica freudiana e seus conceitos fundamentais, abordando o funcionamento do aparelho psíquico e a metapsicologia. Sugerimos que a depressão participa de uma nova economia libidinal na contemporaneidade. O depressivo contemporâneo vem caracterizando-se cada vez mais por uma posição de desistência dos embates inerentes à condição humana, refugiando-se cada vez mais numa posição protegida e paralisada, mais característica das inibições do que das formações sintomáticas. No que se refere ao narcisismo, os depressivos neuróticos aparentam estar mais aprisionados que seus companheiros de neurose num narcisismo perdido, perdendo assim referências aos elementos desejantes naquilo que eles veiculam da transitoriedade e da falta. Muitas vezes, isso se dá devido ao achatamento do tempo psíquico necessário para a instalação de um trabalho psíquico de contorno do vazio de satisfação, em razão de uma superpresença de demandas maternas. Concomitante a isso, as organizações contemporâneas corroboram com isso num empuxo à felicidade que deixa pouco espaço para o sofrimento e o acaso da existência humana. Por fim, buscou-se lançar luz sobre o tratamento analítico para tais pacientes, resguardando a prática com a palavra como o instrumento privilegiado da psicanálise.
Abstract: Depression has become one of the main forms of suffering in contemporary society, leading the World Health Organization (WHO) to state that by 2020 depression will be the leading cause of disability. It is considered more harmful than angina, arthritis, asthma and diabetes, with the expectation that, reaching 2030, it will have become the most common disease in the world. This alarm has gone off in the general media, in major newspapers and journals in various areas of health and human sciences. It does not seem to go unnoticed that the modern man suffers from a malaise that discourages and even paralyzes him. Given the paralysis expressed by depression and based on the Freudian assumption that desire is what we can call the psychic apparatus in motion, this study aimed at investigating the relationship between depressive neurotic forms present in contemporaneity and desire. This is presented in a study that touches the Freudian clinic and its fundamental concepts and addresses the functioning of the psychic apparatus and metapsychology. In it, we suggest that depression participates in a new libidinal economy nowadays. Contemporary depressive individuals have been increasingly characterized by withdrawal from the inherently human struggles, taking refuge in an increasingly paralyzed and self-protected position, which is more characteristic of inhibitions than of symptomatic formations. Regarding narcissism, neurotic depressive persons appear to be more imprisoned in timeless narcissism than their neurotic counterparts, thus losing touch with the transience and lack that are necessary parts of desire. Often, this is due to what we describe as a flattening of the psychic time required for the psychological work of fulfilling the lack of satisfaction, which is found in the "superfulfillment" of maternal demands. Alongside this phenomenon, contemporary organizations corroborate to this state of affairs by so overrating the importance of happiness that there remains little room for randomness and the suffering of human existence. Finally, we sought to shed light on the analytical treatment for such patients, protecting the practice with the word as the prime instrument of psychoanalysis.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/3041
Aparece nas coleções:2.6 Dissertação - Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
000220944.pdf606,34 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.