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Autor(es): Pires, Vicente Chiaramonte
Orientador: Joilson Dias
Título: Endividamento e inadimplência no Brasil : os efeitos da propensão ao risco e dos gastos com saúde
Banca: Edinaldo Tebaldi - Bryant University/USA
Banca: Hiroshi Wilson Yonemoto - PUC-PR
Banca: Hiroshi Wilson Yonemoto - UEM
Banca: Marina Silva da Cunha - UEM
Palavras-chave: Economia;Endividamento;Famílias;Inadimplência;Posição ocupacional;Finanças das famílias;Brasil.;Economy;Debt;Families;Default;Occupational position;Household finances;Brazil.
Data do documento: 2014
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar o endividamento das famílias brasileiras a partir da formulação de modelo empírico, que demonstre as relações de variáveis explicativas, relacionadas a diferentes faixas etárias da pessoa de referência da família, e a diferentes classes de posse de riquezas (ativos financeiros e não financeiros). Este trabalho apresenta inovação em relação à avaliação sobre os efeitos da postura dos indivíduos em relação ao fator risco, mantendo-se o controle sobre características destes indivíduos, além de analisar o papel da saúde das famílias. Outro importante elemento, neste trabalho, é o fator riqueza. O papel dos ativos financeiros e não-financeiros foi considerado ora como fator minimizador ora fator não minimizador do grau de endividamento. A base de dados foi obtida a partir da Pesquisa do Orçamento Familiar 2008-2009 (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além do endividamento, a inadimplência em relação às despesas fixas e financeiras também foi considerada. Tanto o grau de endividamento como a inadimplência foram consideradas em relação à atividade ocupacional das pessoas responsáveis pelas famílias. A metodologia empírica utilizada foi do modelo logit dentro do enfoque da variável latente que trata o uso de variáveis dicotômicas, basicamente como um problema de medida, obtendo os efeitos marginais. As análises desenvolvidas apontaram que a propensão ao risco eleva o endividamento em até 1,42 p.p., quando comparado a indivíduos avessos ao risco. Em relação ao fator saúde, observou-se que, em presença de enfermidade, eleva-se em 3,22 p.p. o endividamento total, apontando que fatores de risco e a qualidade da saúde geram impacto no endividamento das famílias. Há, contudo, necessidade de se avaliar o efeito de políticas públicas sobre as famílias que, não recebendo atendimento de saúde adequado por parte do governo, têm seus gastos aumentados. As análises desenvolvidas apontaram que, o grau de endividamento é decrescente em relação à idade, por exemplo, a partir de 59 anos, este endividamento decresce 5,27 p.p. em relação aos jovens até 29 anos. As ocupações que revelaram maiores variações a respeito da presença de dívidas familiares foram todas na condição de empregados. Com relação à inadimplência nas famílias, os resultados estimados indicaram que, estão presentes com maior intensidade nas famílias de empregados privados, públicos, domésticos e por conta própria. O estudo permitiu constatar, ainda, a excessiva concentração de riquezas, em 25% das pessoas de referência das famílias, o que implica em maior comprometimento dos rendimentos das famílias mais pobres, enquanto que, os mais ricos não ultrapassam os 50% de relação entre dívidas e ativos,
Abstract: The present work aims at analyzing Brazilian families' household indebtedness problem, by developing an empirical model, which demonstrates the relationship between explanatory variables, related to different age groups of family's reference person, and different classes of ownership wealth (financial and non-financial assets). This work also presents an innovation about the evaluation of people's attitudes related to risk factor, while maintaining control over characteristics of these individuals, as well to analyze the role of families' health in this whole process. Another relevant component, in this search, is the wealth factor. The role of financial and non-financial assets sometimes played down the level of the households' indebtedness and some did not. The database from which the information was obtained based on Pesquisa de Orçamento Familiar 2008-2009 (POF) from Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). In the same manner, it was investigated the total indebtedness and general default rate, according to the reference person's occupational activity who is responsible for unit of family consumption. It was used logit model, about latent variables approach, which operates dichotomous variables, basically, as a measurement issue, obtaining marginal effects from probabilities' estimation, which comes out with logit and probit models. The analysis process pointed that the propensity to risk increased families' household indebtedness problem about 1.42 p.p. if compared to those risk adverse ones. Regarding the health factor, it was observed that in presence of disease, the amount of family indebtedness increases to 3.22 p.p., indicating that, both, risk factors and level of quality health had significant impacts on families' indebtedness problem. However, it has been necessary to take into account the effect of Brazilian health public policies on families' indebtedness increasing, because if they do not have good enough public health assistance, indeed, they will increase their family health spending. Analyses also pointed to indebtedness' descending order, in 5.27 p.p., at 59 years of age compared to people at 29 years old. Professional occupations, which showed further variation of household debts, were all them for paid job employees. About families' indebtedness is more often found in families whose members are paid employees, domestic servants and autonomous. The study brought out that there is an excessive concentration of wealth, 25% of families' reference people, which infers greater commitment of poorest families' incomes, whilst the richest people do not exceed 50% of their own relationship between debts and assets.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/3513
Aparece nas coleções:3.7 Tese - Ciências Sociais Aplicadas (CSA)

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