Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/4049
Autor(es): Rossini, Tayza Cristina Nogueira
Orientador: Lúcia Osana Zolin
Título: A representação caleidoscópica da corporalidade da mulher negra em Um Defeito de Cor
Banca: Vera Helena Gomes Wielewicki - UEM
Banca: Elódia Carvalho de Formiga Xavier - UFRJ
Palavras-chave: Autoria feminina;Literatura;Gênero;Literatura brasileira;Mulheres;Literatura de autoria feminina;Corporalidade;Um defeito de cor (Ana Maria Gonçalves);Brasil.;Literature written by women;Representation;Identity;Corporeality;Um defeito de cor (Ana Maria Gonçalves);Brazil.
Data do documento: 2014
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Resumo: Tradicionalmente, nas esferas que abrangem o social, o histórico, o político e o estético, o sexo feminino foi considerado inferior ao sexo masculino. Em decorrência da política do patriarcalismo, a mulher foi silenciada, excluída e vitimada por preconceitos e estereótipos lançados em sua identidade e corporalidade ao longo da história. No campo literário e cultural a experiência feminina não foi tratada de modo diferente justificando a intensificação, em meados do século XX, de ações no sentido de conscientizar os indivíduos da necessidade de desconstruir a opressão e a marginalização da mulher. Neste sentido, a literatura que então passa a ser produzida por mulheres suscita um novo olhar sobre a produção literária de padrão hegemônico masculino, branco e heterossexual, até então representado na literatura, trazendo para a o interior da narrativa vozes anteriormente ausentes, no que diz respeito à produção, quando à representação de personagens antes não privilegiadas no texto literário. Assim, o objetivo da presente pesquisa é analisar no romance Um defeito de cor (2011), de Ana Maria Gonçalves, como se dá a representação da mulher negra escravizada, atentando ao modo como a protagonista, Kehinde, percorre sua trajetória de forma a integra-se com as ideologias e modelos simbólicos lançados culturalmente pela sociedade branca do século XIX no Brasil. Tais mudanças se refletem em sua identidade e corporalidade permitindo a observação de uma representação que se dá de modo caleidoscópico, partindo, no princípio de sua trajetória, de um corpo objetificado, até chegar à conquista de um corpo subjetificado, já no final do que se pode chamar da via crucis do corpo percorrida pela personagem. Sistematicamente esquadrinhada e categorizada nos estudos feministas, a corporalidade tem contribuído na discussão sobre a representação freqüentemente vinculada à estereótipos de objetificação nos mais diversos âmbitos, além de legitimar a dominação por meio de preconceitos e estereótipos lançados na imagem da mulher. Corpos invisíveis, corpos subalternos, corpos disciplinados, corpos violentos, corpos erotizados, corpos refletidos e outros corpos nomeados por Elódia Xavier em sua tipologia Que corpo é esse? O corpo no imaginário feminino (2007), servem como esteio para a pesquisa e análise da representação do corpo feminino negro em nosso corpus bem como para a investigação e debate sobre a representação do corpo feminino na literatura de autoria feminina brasileira.
Abstract: Traditionally, in social, historical, political and aesthetic spheres, the female was considered inferior to male. As a result of patriarchy politics, women were silenced, excluded and victimized by prejudice and stereotypes that were related to their corporeality and identity throughout history. In the literary and cultural field the female experience was not treated differently justifying the intensification of actions (in the middle of the 20th century) to raise the awareness of individuals about the need of deconstructing the women's oppression and marginalization. In this sense, the literature that starts to be produced by women raises a new perspective on the literary production represented until that time (male, white, heterosexual), bringing to the interior of the narrative voices previously absent, regarding to the production, as well as the representation of characters non-privileged before in the literary texts. Thus, the objective of this research is to analyze how the enslaved black woman is represented in the novel Um defeito de cor (2011), observing how the protagonist, Kehinde, courses her trajectory in a way to integrate herself with the ideologies and symbolic models culturally launched by white society in Brazil in the nineteenth-century. These changes reflect in the identity and corporeality of the protagonist allowing the observation of a kaleidoscopic representation, starting by an objectified body in the beginning of the trajectory, to a subjectified body at the end of what can be called via crucis of the body. Systematically scrutinized and categorized in the feminist studies, corporeality has contributed in discussions about the representation often related to stereotypes of objectification, besides legitimizing the domination by prejudices and stereotypes related to the image of women. Invisible bodies, subordinate bodies, disciplined bodies, violent bodies, eroticized bodies, reflected bodies and other bodies named by Elodia Xavier in her typology Que corpo é esse? O corpo no imaginário feminino (2007) help the research and analysis of the representation of the black female body in our corpus as well as the investigation and debate about the representation of the female body in the Brazilian literature written by women.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/4049
Aparece nas coleções:2.6 Dissertação - Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
000216402.pdf1,36 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.