Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/4461
Autor(es): Shimura, Joyce Mayumi
Orientador: Patrícia Lessa dos Santos
Título: Memórias escolares de travestis: a formação dos sujeitos nos discursos da ciência
Banca: Luzia Margareth Rago - UNICAMP
Banca: Eliane Ribeiro Pardo - UEPel
Banca: Luzia Marta Bellini - UEM
Banca: Ana Maria Teresa Benevides-Pereira - UEM
Palavras-chave: Travestis - Educação;Ciências ocultas e sexo;Educação - Abordagem interdisciplinar do conhecimento;Travestis - Práticas sociais
Data do documento: 2012
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Resumo: O presente estudo tem como objetivo entender as experiências de vida de travestis por meio das narrativas de suas práticas sociais relacionadas com a educação e a ciência. Esta pesquisa fundamenta-se nos estudos feministas e nos estudos de Foucault, particularmente nos conceitos de vida infame, sexualidade e sexo. Tais estudos consideram a sexualidade como um dispositivo de poder que tem como fundamento a inserção do sexo em sistemas de regulação do poder. Além disso, questionam a evidência de um binarismo hegemônico, que regulam tanto a linguagem quanto as práticas sociais e sexuais. Todavia, a pesquisa questiona se os corpos travestis são transformados em sujeitos ou se tais corpos ao debaterem com o discurso de poder são transformados em sujeitos infames. Os discursos médicos e as políticas públicas para os corpos travestis seriam formas de transformar tais corpos em sujeitos? Assim, sexo, sexualidade, gênero, corpo e as memórias escolares foram focos na análise das entrevistas registradas por meio da história oral. As análises evidenciaram que pessoas travestis desestabilizam as ordens do sexo binário, evidenciam as imposições sobre modelo masculino/feminino, normal/anormal, macho/fêmea, que tornam os corpos submetidos ao poder simbólico e material. Desse modo, por um lado, os corpos travestis se encontram como sujeitos, expressos por discursos médicos e políticas públicas; por outro lado, vivenciam a infâmia.
Abstract: The present research is aimed at understanding the travestis' narrative life through their narratives about their experiences and social practices related to education and science. This research is based on the feminist and Foucault studies, particularly on the infamous life; sexuality and sex concepts. These studies consider sexuality as a dispositive of power that is based on the inclusion of sex into the systems of power regulation. Moreover, they question the evidence of a hegemonic binarism that regulate language, social and sexual practices. However, this research questions if the travestis bodies are transformed into subject or if such bodies are transformed into infamous subject when shocked against the power. Would the medical discourses and the public policy for the travesties bodies be ways to transform those bodies into subjects? Thus, sex, sexuality, gender, body and scholar memory were the focus on the analysis of interviews recorded through the method of oral history. The analyses showed that the travesti destabilizes the orders of binary sex and the impositions of masculine/feminine, normal/abnormal, male/female models, which make the bodies subordinated to the symbolic power and material. On the one hand, the travestis bodies are subject, expressed by medical discourses and public policies and on the other hand these bodies live infamously.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/4461
Aparece nas coleções:2.5 Dissertação - Ciências Exatas (CCE)

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