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Autor(es): Back, Ivi Ribeiro
Orientador: Sonia Silva Marcon [Orientador] - UEM
Prof.ª Dr.ª Sonia Silva Marcon
Título: Hábitos de vida, condições de saúde e composição corporal em nipo-brasileiros em Maringá-Paraná
Banca: Edilson Serpeloni Cyrino - UEL
Banca: Thais Aidar de Freitas Mathias - UEM
Banca: Denise Petrucci Gigante - UFPEL
Banca: Luciano de Andrade - UEM
Palavras-chave: Nipo-brasileiros - Saúde;Epidemiologia;Composição corporal;Doença crônica
Data do documento: 2018
Editor: Universidade Estadual de Maringá.
Centro de Ciências da Saúde.
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Citação: BACK, Ivi Ribeiro. Hábitos de vida, condições de saúde e composição corporal em nipo-brasileiros em Maringá-Paraná. 2018. 108 f. Tese (doutorado em Ciências da Saúde) - Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2018.
Resumo: O processo migratório contribui para mudanças de rotina e nas condições de saúde de um indivíduo, moldando-o a novos costumes, que podem ser percebidos entre homens e mulheres e em diferentes gerações. Analisar as condições de saúde, hábitos de vida e a composição corporal de indivíduos nipo-brasileiros residentes no município de Maringá, Paraná. Trata-se de um estudo transversal, realizado no Município do Sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu de março a dezembro de 2016 por meio de entrevista que abordou características sociodemográficas, hábitos de vida, condições de saúde e avaliação da composição corporal. Para a análise dos dados utilizou-se estatística descritiva e inferencial. Foram avaliados 603 nipo-brasileiros, distribuídos em quatro gerações: issei (3,1%), nissei (47,1%), sansei (42,6%) e yonsei (7,1%), com idade entre 18 e 91 anos (média de 49,2 anos), sendo pouco mais da metade do sexo feminino (53,5%). Referente aos hábitos de vida: 94,6% não fumam; 72,1% têm uma alimentação regular; 74,4% são sedentários ou irregularmente ativos; 55,9% não consumem bebidas alcoólicas. Observou-se maiores prevalências no sexo masculino: entre os fumantes (p<0,001); que consumiam bebidas alcoólicas (p<0,001); e com hábitos alimentares ruins (p=0,006). As prevalências também foram em isseis e nisseis, que praticavam atividade física (p=0,04), consumiam frutas (p<0,001) e verduras (p<0,001). As prevalências de inatividade física no lazer a apresentar consumo de frutas insatisfatório ou ruim foi quase duas vezes maior entre os sanseis do que entre os indivíduos nisseis. Estes últimos, porém, com indícios de não apresentarem doenças crônicas e alterações na pressão arterial. Em relação às condições de saúde autorreferidas, observou-se nos entrevistados a prevalência de hipertensos de 29,0%; diabéticos, 15,4%; e, hipercolesterolemia/hipertriglicerídeos, 23,5%. Aferiu-se no sexo masculino alteração na pressão arterial no momento da avaliação (p=<0,001); de hipertensão autorreferida (0,003). As mulheres por sua vez, apresentaram maior prevalência em relação aos antecedentes familiares para diabetes mellitus (p=0,008) e colesterol/trigliceres (p=0,001). Em relação às gerações, constatou-se que as doenças crônicas autorreferidas (p<0,001), foram mais frequentes em indivíduos isseis e sanseis. Relativo à avaliação nutricional, evidenciou-se índices acentuados de excesso de peso (42,5%) e considerável parcela com baixo peso (10,1%), segundo IMC. Os homens também apresentaram supremacia em sobrepeso e obesidade tanto pelos parâmetros do Índice de Massa Corporal (IMC) mundial (p<0,001), quanto aos específicos para população asiática. Referente às variáveis associadas ao sobrepeso e a obesidade, avaliou-se para sobrepeso: sexo masculino (ORaj=1,85; IC=1,24-2,76); faixa etária de 40 a 49 anos (ORaj=2,27; IC=1,10-4,68); e 50 a 59 anos (ORaj=2,17; IC=1,00-4,72); consumo de bebida alcoólica (ORaj=2,11; IC=1,07-4,16); presença de doença crônica (ORaj=1,59; IC=1,02-2,46). Os fatores associados à obesidade foram: sexo masculino (ORaj=3,63; IC=1,78-7,40); presença de doença crônica (ORaj=4,13; IC=1,96-8,71); faixa etária de 30 a 39 anos (ORaj=4,74; IC=1,65-13,64) e 40 a 49 anos (ORaj=2,89; IC=1,05-7,95); e, ser irregularmente ativo (ORaj=2,73; IC=1,12-6,69). Os valores de PCT e %GC indicaram excesso de peso nas quatro gerações. Os nisseis e sanseis apresentaram maior frequência de excesso de peso segundo IMC (p<0,001). Baixo risco de obesidade abdominal foi observada entre os yonseis (p<0,001). O excesso de peso segundo o IMC foi 1,49 vezes maior entre os sanseis. Constatou-se hábitos de vida no sexo masculino em que predominam fumantes, consumidores de álcool e com hábitos alimentares ruins. Quanto às condições de saúde homens apresentam maior prevalência de hipertensos. As mulheres apresentaram maiores antecedentes familiares para diabetes melittus e colesterol/triglicérides. Sobre as gerações, indivíduos isseis e nisseis apresentam maior prevalência aos antecedentes familiares para diabetes mellitus e colesterol/trigliceres. Quanto à avaliação nutricional, observou-se índices acentuados de excesso de peso e considerável parcela com baixo peso segundo IMC. Alguns fatores de risco se mostraram associados ao sobrepeso e à obesidade entre nipo-brasileiros, indicando a necessidade de intervenções práticas que visem redução do peso corpóreo nesta população. O sexo masculino, faixa etária de 30 a 49 anos, consumo de bebida alcoólica e presença de doenças crônicas estão associados ao sobrepeso ou obesidade. Considerar tais diferenças permite que a equipe de saúde direcione atividades educacionais e realize intervenções específicas para precaução dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis
Abstract: The migratory process contributes to routine changes and health conditions of a person, with new habits adjusments, which can be noticed between men and women and in different generations. To evaluate the health conditions, life habits and body composition of Japanese-Brazilian people living in the municipality of Maringá, Paraná. Cross-sectional study carried out in a Municipality of Southern Brazil. Data collection took place from March to December 2016 through an interview that addressed sociodemographic characteristics, living habits, health conditions and body composition assessment. Data were analyzed using descriptive and inferential statistics. 603 Japanese-Brazilians were evaluated, distributed in four generations: issei (3.15%), nissei (47.1%), sansei (42.6%) and yonsei (7.1%), aged between 18 and 91 years (mean of 49.2 years), being female little more than half (53.5%). Concerning the living habits: 94.6% do not smoke; 72.1% have a regular diet; 74.4% are sedentary or irregularly active; 55.9% do not use alcoholic beverages. There were higher odds and prevalence among males: smokers (p<0.001); consumption of alcoholic beverages (p<0.001); and poor eating habits (p=0.006). Regarding to the generations: significantly higher frequency by isseis and nisseis of physical activity (p=0.04), fruit (p<0.001) and vegetables eating (p<0.001). The chance of not exercising and having unsatisfactory/poor fruit consumption is almost twice as high among the sansei as among nissei subjects. The nissei, however, with indications of not presenting chronic diseases and changes in blood pressure. Regarding the self-reported health conditions, the prevalence of hypertensive patients was 29.0%; diabetics, 15.4%; and hypercholesterolemia/hypertriglycerides, 23.5%. Changes in blood pressure were assessed at the time of evaluation (p=<0.001); of self-reported hypertension (0.003). Women, on the other hand, presented higher prevalence in relation to family history for diabetes mellitus (p=0.008) and cholesterol/triglyceres (p=0.001). Regarding the generations, chronic autoimmune diseases (p <0.001) were found to be more frequent in issei and sansei subjects. Regarding the nutritional evaluation, there wer highlighted rates of overweight (42.5%) and a considerable portion with low weight (10.1%), according to BMI. The men also presented supremacy in overweight and obesity by both the body mass index (BMI) parameters (p<0.001) and those specific to the Asian population. Regarding the variables associated with overweight and obesity, it was evaluated for overweight: male (ORaj=1.85, CI=1.24-2.76); age group of 40 to 49 years (ORaj=2.27; CI=1.10-4.68); and 50 to 59 years (ORaj=2.17, CI=1.004-4.72); consumption of alcoholic beverage (ORaj=2.11; CI=1.07-4.16); presence of chronic disease (ORaj=1.59, CI=1.02-2.46). The factors associated with obesity were: male gender (ORaj=3.63; CI=1.78-7.40); presence of chronic disease (ORaj=4.13; CI=1.96-8.71); age group of 30 to 39 years (ORaj=4.74, CI=1.65-13.64) and 40 to 49 years (ORaj=2.89, CI=1.05-7.95); and, to be irregularly active (ORaj=2.73, CI=1.12-6.69). The PCT and GC% values indicated overweight in the four generations. The nissei and sansei presented a higher frequency of overweight according to BMI (p<0.001). Low risk of abdominal obesity was observed among the yonseis (p<0.001). Overweight according to BMI was 1.49 times higher among the Sansei. It was observed male life habits in which smokers, alcohol users and poor eating habits predominate. Regarding health conditions, men have a higher prevalence of hypertension. Women had a higher family history of diabetes mellitus and cholesterol/triglycerides. Regarding the generations, issei and nissei subjects present a higher prevalence of family history for diabetes mellitus and cholesterol/triglycerides. Regarding the nutritional evaluation, there were highlighted rates of overweight and a considerable amount with low weight according to BMI. Some risk factors have been shown to be associated with overweight and obesity among Japanese-Brazilians, indicating the need for practical interventions aimed at reducing body weight in this population. The male gender, age range of 30 to 49 years, use of alcoholic beverages and presence of chronic diseases are associated with overweight or obesity. Considering these differences allows the health team to direct educational activities and to carry out specific interventions for the precaution of risk factors for chronic not transmissible diseases
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/4577
Aparece nas coleções:3.3 Tese - Ciências da Saúde (CCS)

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