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Autor(es): Sales, Camila Cristiane Formaggi
Orientador: Magda Lúcia Félix de Oliveira [Orientador] - UEM
Prof.ª Dr.ª Magda Lúcia Félix de Oliveira
Título: Práticas educativas no cuidado à intoxicação infantil na atenção básica : uma perspectiva dialógica
Banca: Mauren Teresa Grubisich Mendes Tacla - UEL
Banca: Vanessa Denardi Antoniassi Baldissera - UEM
Palavras-chave: Educação em Saúde;Promoção da saúde;Enfermagem em saúde comunitária;Saúde da criança;Enfermagem pediátrica;Envenenamento - Criança
Data do documento: 2017
Editor: Universidade Estadual de Maringá.
Citação: SALES, Camila Cristiane Formaggi. Práticas educativas no cuidado à intoxicação infantil na atenção básica : uma perspectiva dialógica. 2017. 139 f. Dissertação (mestrado em Enfermagem) - Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2017.
Resumo: Considerando que as intoxicações na infância se destacam como motivo de atendimentos em serviços de saúde e são consideradas eventos de saúde-doença evitáveis, a questão da presente pesquisa foi: Como se configuram as práticas educativas dos profissionais da Estratégia Saúde da Família no cuidado às intoxicações infantis? Objetivou-se analisar a prática educativa de profissionais da Estratégia Saúde da Família no contexto das intoxicações infantis, por meio de pesquisa descritiva e exploratória, de natureza qualitativa, tendo como referenciais a concepção educativa sociocultural de Paulo Freire e a Política Nacional de Promoção da Saúde. Foi realizada no município de Maringá - Paraná, na Rede de Atenção Primária à Saúde, com integrantes de nove equipes da Estratégia Saúde da Família, selecionadas por meio de sorteio de unidades de saúde nas áreas de abrangência dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família. Participaram nove enfermeiros, sete auxiliares de enfermagem e 34 agentes comunitários de saúde (ACS), entrevistados individualmente por meio de um roteiro semiestruturado para entrevista, composto pelos itens: Caracterização dos profissionais; Descrição de atividades preventivas de intoxicação infantil desenvolvida por profissionais da Estratégia Saúde da Família e Análise de práticas educativas para empoderamento das famílias. As entrevistas foram realizadas no ambiente de trabalho, em um único encontro, com duração aproximada de 30 minutos e gravadas na íntegra em mídia digital por áudio. Os dados de caracterização dos profissionais foram analisados descritivamente e as respostas às questões disparadoras sobre as atividades preventivas de intoxicação infantil e as práticas educativas para empoderamento das famílias foram analisadas por meio da análise de conteúdo temática. Dos entrevistados, 92% eram mulheres, com média etária de 42,6. Três auxiliares de enfermagem possuíam ensino superior completo ou em fase de conclusão e a maioria dos ACS (70,6%) havia completado o ensino médio. Os profissionais informaram experiência profissional média de 10,5 anos na área da saúde, e de 9,2 anos em equipes de saúde da família. As percepções dos participantes desse estudo sobre educação em saúde e sua relação com a promoção à saúde indicaram uma fase transicional ao apontarem elementos que compõem uma prática ainda centrada em difundir informações sobre saúde e doença. Porém, mencionaram que realizam práticas coletivas voltadas para potencializar a autonomia e o bem-estar das pessoas. Emergiram diferenças no desenvolvimento de práticas de educação em saúde nas diferentes categorias profissionais que compõem as equipes da Estratégia Saúde da Família, e que as práticas de educação em saúde são, em geral, desenvolvidas de forma reprodutiva, ou seja, representam apenas uma continuidade de ações que já são conduzidas rotineiramente na Atenção Primária à Saúde, não considerando a importância da participação dos usuários nas decisões e em todas as fases da educação em saúde, principalmente, no diagnóstico, planejamento e avaliação desta. Em relação às intoxicações infantis, as práticas não eram fundamentadas em concepções pedagógicas socioeducativas e ações educativas dialógicas e de empoderamento das famílias para o autocuidado, porém as atividades em grupo foram percebidas como aquelas que mais aproximam o profissional de saúde do usuário, através do diálogo. Os profissionais de modo geral não possuíam capacitações relacionada a temática intoxicação infantil e desconheciam a ocorrências desses acidentes em sua área de abrangência. O estudo aponta a necessidade de maior envolvimento da comunidade nas ações educativas das equipes de Saúde da Família nos cenários estudados
Abstract: Considering that childhood intoxications stand out as a reason for attendance in health services and are considered avoidable health-disease events, this research question was: how are the educational practices of Family Health Strategy professionals in the care of Children's intoxications. The objective was to analyze the educational practice of professionals of the Family Health Strategy in the context of child intoxication through descriptive and exploratory research, with a qualitative nature having as reference the sociocultural educational conception of Paulo Freire and the National Policy of Health Promotion. It was carried out in the city of Maringá - Paraná, in the Network of Primary Health Care, with members of nine Family Health Strategy teams, selected through sortation of the health units in the areas covered by the Family Health Support Centers. The participants were nine nurses, seven nursing assistants and 34 community health agents (ACS), individually interviewed through a semi-structured script for interview, composed of the items: Characterization of professionals; Description of preventive activities of children intoxication performed by professionals of the Family Health Strategy and Analysis of educational practices for the empowerment of families. The interviews were conducted in the work environment, in a single meeting, lasting approximately 30 minutes and recorded in full in digital audio media. The characterization data of the professionals were analyzed descriptively and the answers to the triggering questions about the preventive activities of child intoxication and the educational practices for the empowerment of the families were analyzed through the analysis of thematic content. The respondents were 92% women, with an average age of 42.6. Three nursing assistants had completed higher education or were about to complete it and the majority of the ACS (70.6%) had completed high school. The professionals reported average professional experience of 10.5 years in the health area, and 9.2 years in family health teams. The participants' perceptions of this study on health education and its relationship with health promotion indicated a transitional phase, pointing out elements that make up a practice still focused on disseminating information on health and disease. Although they mentioned that they carry out collective practices aimed at empowerment of people's autonomy and well-being. Differences have emerged in the development of health education practices in the different professional categories that make up the Family Health Strategy teams, and that health education practices are generally reproductively developed, that is, they represent only a continuity of Actions that are already routinely conducted in Primary Health Care not considering the importance of the participation of users in decisions and in all phases of health education, mainly in its diagnosis, planning and evaluation. In relation to children's intoxications, practices were not based on socio-educational, pedagogical conceptions and dialogical educational actions of empowerment of families for self-care, but group activities were perceived as those that most closely approximate the health professional of the user, through dialogue. Professionals in general did not have training related to children's intoxication and were unaware of the occurrence of these accidents in their area of coverage. The study points out the need for greater community involvement in the educational actions of the Family Health teams in the studied scenarios
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/4616
Aparece nas coleções:2.3 Dissertação - Ciências da Saúde (CCS)

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