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Autor(es): AGOSTINHO, A.A.; PELICICE, F.M.; JÚLIO JÚNIOR, H.F.
Título: Introdução de espécies de peixes em águas continentais brasileiras: uma síntese
Palavras-chave: Peixes;Introdução de espécies;Brasil.;Fishes;Nonindigenous species;Brazil.
Resumo: Introdução - A introdução de espécies não-nativas em ecossistemas naturais pela ação do homem tem sido um dos temas mais inquietantes da ecologia nas últimas décadas, em especial para ambientes aquáticos continentais (MOYLE & LIGHT 1996, RODRÍGUEZ 2001). O tema vem adquirindo grande relevância na área de ecologia da conservação, pelo fato de uma série de pesquisas recentes indicarem que a introdução de novos elementos na biota se constitui na segunda maior causa de extinções de espécies, sendo superada apenas pela degradação de habitats (FULLER et al. 1999, SIMBERLOFF 2003). Embora ainda insuficientemente entendido, o interesse pelo tema vem aumentando, alcançando os debates acadêmicos relacionados a ecologia de comunidades e populações, servindo de modelo ou mesmo de exemplo empírico para o estudo e aprimoramento teórico destas disciplinas. Atualmente busca-se, nos processos de introdução e estabelecimento de espécies, o entendimento do papel das invasões, migrações, competição e predação na moldagem de populações e comunidades (MACK et al. 2000, SHEA & CHESSON, 2002). - Os processos de introdução de espécies de peixes e sua integração em novas ictiocenoses são caracterizados por grande complexidade, envolvendo, entre outros aspectos, os sociais, ambientais e ecológicos, estando seus problemas longe de uma solução racional ou de um efetivo controle (PARKER et al. 1999, SIMBERLOFF 2003). No Brasil, isto é agravado pela escassez de informações que, se disponíveis, permitiriam, por um lado, o entendimento dos processos e, por outro, o embasamento de instrumentos legais e de conscientização popular. - Os problemas com a introdução de espécies caminham sem solução, mesmo em países com maior grau de desenvolvimento e conscientização sobre o tema, como os EUA, a Austrália e países europeus. Entretanto, as discussões nestes países estão centradas em métodos para a erradicação destas espécies (MACK et al. 2000), dado que os problemas históricos, sua avaliação por estudos específicos e a difusão da informação levaram a sociedade a consolidar a noção dos riscos. - A cultura do não monitoramento e a decorrente escassez de dados, aliada a divulgação de benefícios econômicos, até agora comprovados apenas para os produtores de alevinos, levou a uma situação distinta na América do Sul, onde, movidos menos pelos dados disponíveis e mais pelo princípio da precaução (RAMOS et al. 2004) a ênfase conservacionista é ainda centrada na luta pela não introdução. A banalização das introduções de espécies tornou-se tão evidente que os atores nela envolvidos são os mais diversos, incluindo políticos, associações de pesca, pescadores esportivos, aqüicultores, órgãos governamentais e aquariofilistas, entre outros. A América do Sul, a despeito de sua megadiversidade, especialmente de peixes, é o continente que recebeu mais espécies (WELCOMME 1988, AGOSTINHO & JÚLIO JR. 1996).Outro paradoxo é que este continente foi também o que mais contribuiu com o número total de espécies introduzidas na América do Norte (32%, FULLER et al. 1999). - Este capítulo tem como objetivo revisar alguns tópicos teóricos e conceituais da introdução de espécies e discutir o estado da arte em ambientes continentais do Brasil... - Observação: O trabalho, na íntegra, poderá ser visualizado no texto completo do capítulo digital.
Descrição: AGOSTINHO, Angelo Antonio; PELICICE, Fernando Mayer; JÚLIO JÚNIOR, Horácio Ferreira. Introdução de espécies de peixes em águas continentais brasileiras: uma síntese. In: ROCHA, Odete; ESPÍNDOLA, Evaldo Luíz Gaeta; FENERICH-VERANI, Nelsy; VERANI, José Roberto; RIETZLER, Arnola Cecília (Org.). Espécies invasoras em águas doces: estudos de caso e propostas de manejo. São Carlos: Ed. da UFSCar, 2005. cap.2, p.13-23.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/5316
Aparece nas coleções:4.2 Capítulos - Ciências Biológicas (CCB)

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