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Autor(es): AGOSTINHO, A.A.
Título: Considerações sobre a atuação do setor elétrico na preservação da fauna aquática e dos recursos pesqueiros
Palavras-chave: Fauna aquática;Setor elétrico;Recursos pesqueiros.
Resumo: Introdução - A alteração na estrutura das comunidades de peixes, com a proliferação de espécies sedentárias e a redução ou mesmo eliminação daquelas migradoras, constitui fato comum a todos os represamentos. O virtual desaparecimento de acipenserídeos e salmonídeos de muitos rios europeus (PETTS et al., 1989) e a notável depleção dos estoques de alguns caracídeos e pimelodídeos dos segmentos superiores da bacia do rio Paraná, ilustram este fenômeno. Embora a obstrução do acesso aos habitats de desova e de desenvolvimento inicial de espécies migradoras, promovida por barragens, seja a causa primária da redução populacional destas espécies, os efeitos cumulativos de outros fatores físicos e químicos (hidrológicos, geomorfológicos e de qualidade da água) estão envolvidos. Como a produtividade em represas é superior à das áreas lóticas da bacia, espera-se que a área alagada compense em alguma extensão as perdas dos trechos a jusante. Entretanto, a substituição de espécies de maior interesse econômico (migradoras) por aquelas com menor aceitação no mercado consumidor (lênticas), como verificada no reservatório de Itaipu (AGOSTINHO et al., 1993), reduz a importância sócio-econômica desta tendência de compensação e acentua o impacto sobre a biodiversidade. Os trabalhos de TORLONI et al. (1993) em reservatórios do Paraná superior demonstram que cadeias sucessivas de reservatórios potencializam estes impactos. - A mitigação dos impactos sobre a diversidade ictiofaunística e os recursos pesqueiros pode ser conseguida através de medidas de manejo tomadas no contexto de um planejamento com abrangência suficiente para contemplar os fatos vigentes na bacia. Assim, o estabelecimento de um plano de manejo de populações de peixes não pode prescindir do amplo conhecimento dos componentes (biológico, ambiental, sócio-econômico e político) do sistema que se quer manejar, nem de um rigoroso programa de monitoramento para aferir os resultados das medidas e efetuar as necessárias correções. Na escassez de informações reside a principal causa dos insucessos que, em geral, caracterizam as ações de manejo até agora praticadas. - O manejo requer uma ampla diagnose (levantamento) das causas das mudanças nas populações de peixes. Esta é, portanto, uma fase que pressupõe trabalho de campo e deve preceder qualquer plano de manejo. Os estudos, cuja natureza é delineada já nos levantamentos, devem ser executados em concomitância ao manejo como forma de obter informações específicas e, juntamente com o monitoramento (rotina), permitir correções de procedimentos. O plano de manejo, por outro lado, deve ser flexível o suficiente para que receba a entrada das novas informações. Neste documento é feita uma revisão das ações das concessionárias nesta área e são detalhadas estas idéias. Além disso, são propostas metodologias alternativas para abordar o problema e avaliadas as perspectivas futuras... - Observação: O trabalho, na íntegra, poderá ser visualizado no texto completo do trabalho digital.
Descrição: AGOSTINHO, Angelo Antonio. Considerações sobre a atuação do setor elétrico na preservação da fauna aquática e dos recursos pesqueiros. In: SEMINÁRIO SOBRE FAUNA AQUÁTICA E O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO, 1995. Reuniões temáticas preparatórias. Rio de Janeiro: ELETROBRÁS: COMASE, 1995. p.8-20. Caderno 4: Estudos e levantamentos.
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/5335
Aparece nas coleções:5.2 Eventos - Ciências Biológicas (CCB)

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