Avaliação pré e pós cirurgia ortognática da deiscência óssea em pacientes com perfil II e III : um estudo tomográfico

Abstract

Resumo: A deiscência óssea é um defeito ósseo alveolar frequente em grande parte da população. Sua ocorrência aumenta com a idade, e os indivíduos com biotipo periodontal delgado são mais propensos a esta condição. As deiscências podem ser um fator complicador para movimentações dentárias, especialmente em movimentos expansionistas e inclinações acentuadas. E não está claro se a cirurgia ortognática pode ser um fator de risco, diante do impacto de suprimento vascular que o procedimento envolve. Testar a hipótese nula de que não existe diferença para deiscência óssea nos períodos pré e pós-cirurgia ortognática em pacientes com perfil classe II e perfil classe III. O estudo de caráter retrospectivo contou com 45 exames de imagens tomográficos, 23 de pacientes com perfil classe II e 22 com perfil classe III. Foram avaliadas as medidas das distâncias entre a junção cemento-esmalte à crista óssea alveolar, pelas faces vestibular e lingual dos incisivos centrais e laterais, caninos, primeiro pré-molares e primeiro molares superiores e inferiores de cada lado, antes (T0) e após a cirurgia-ortognática (T1). O software utilizado foi o Osirix v3.3 32bit. Os dados foram comparados pelos testes de Wilcoxon e McNemar. As imagens tomográficas pré-cirúrgicas já indicavam deiscência óssea em 26% dos dentes do grupo Classe II e em 15% no grupo Classe III. Nas imagens pós-cirúrgicas esta prevalência aumentou para 31% grupo Classe II e 20% no Classe III. A hipótese nula foi rejeitada, já que houve um aumento de 5% da prevalência de deiscência óssea após a cirurgia ortognática tanto no grupo classe II e no classe III

Abstract: Bone dehiscence is a frequent alveolar bone defect in a large part of the population. Its occurrence increases with age, and individuals with thin periodontal biotype are more prone to this condition. Dehiscences can be a complicating factor for dental movements, especially in expansionary movements and pronounced inclinations. It is not clear whether orthognathic surgery may be a risk factor, given the impact of vascular supply that the procedure involves. To test the null hypothesis that there is no difference for bone dehiscence in the pre- and post-orthognathic surgery periods in patients with class II profile and class III profile. The retrospective study consisted of 45 tomographic images, 23 of patients with class II profile and 22 with class III profile. The measurements of the distances between the cementum-enamel junction and the alveolar bone crest were assessed by the buccal and lingual surfaces of the central and lateral incisors, canines, first premolars and first and second molars on each side, before (T0) and after orthognathic surgery (T1). The software used was Osirix v3.3 32bit. Data were compared by the Wilcoxon and McNemar tests. Preoperative tomographic images already indicated bone dehiscence in 26% of the teeth of the Class II group and 15% in the Class III group. In the postoperative images, this prevalence increased to 31% in Class II and 20% in Class III. The null hypothesis was rejected, since there was a 5% increase in the prevalence of bone dehiscence after orthognathic surgery in both class II and class III