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Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorOliveira, Magda Lúcia Félix dept_BR
dc.contributor.authorReis, Lúcia Margarete dospt_BR
dc.contributor.otherDonato, Edilaine Cristina da Silva Gherardipt_BR
dc.contributor.otherPinho, Leandro Barbosa dept_BR
dc.contributor.otherSales, Catarina Aparecidapt_BR
dc.contributor.otherRadovanovic, Cremilde Aparecida Trindadept_BR
dc.contributor.otherUniversidade Estadual de Maringápt_BR
dc.contributor.otherCentro de Ciências da Saúdept_BR
dc.contributor.otherDepartamento de Enfermagempt_BR
dc.contributor.otherPrograma de Pós-Graduação em Enfermagempt_BR
dc.date.accessioned2020-02-19T18:46:59Z-
dc.date.available2020-02-19T18:46:59Z-
dc.date.issued2016pt_BR
dc.identifier.citationREIS, Lúcia Margarete dos. Repercussões do uso de drogas por longo período para a vida social e a saúde em famílias de usuários. 2016. 233 f. Tese (doutorado em Enfermagem)--Universidade Estadual de Maringá, 2016, Maringá, PR.-
dc.identifier.urihttp://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/5730-
dc.descriptionOrientador: Prof.ª Dr.ª Magda Lúcia Félix de Oliveirapt_BR
dc.descriptionTese (doutorado em Enfermagem)--Universidade Estadual de Maringá, 2016pt_BR
dc.description.abstractResumo: O presente trabalho busca analisar a interface entre uso de drogas, relações familiares, vulnerabilidade social e políticas públicas para enfrentamento desse problema de Saúde Pública. O estudo foi realizado através de investigação epidemiológica de evento sentinela, capturado pela internação hospitalar de indivíduos com diagnóstico de trauma físico associado a intoxicação por drogas de abuso, que teve a potencialidade de identificar usuários com alto grau de comprometimento na saúde e na vida social, com uso nocivo de drogas por longo período e deficiência de políticas públicas para acessá-los, considerando a longa trajetória de uso. Nessa perspectiva, construiu-se a tese: as famílias dessas pessoas/eventos sentinela apresentam repercussões na vida social e na saúde que podem ser explicadas pelo longo período de convivência com o abuso de drogas e pela deficiência de políticas públicas. O objetivo geral foi avaliar as repercussões do uso de drogas para a vida social e a saúde em famílias de usuários de drogas por longo período. Trata-se de estudo transversal, descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa e qualitativa e conta com recursos da entrevista em profundidade, enfatizando a narrativa, bem como da história oral temática de 29 usuários de drogas. Os usuários foram escolhidos intencionalmente, de acordo com critérios previamente estabelecidos para os eventos sentinela internados entre abril e setembro de 2014 e acessados mediante notificação de caso ao Centro de Controle de Intoxicações do Hospital Universitário Regional de Maringá. O plano de coleta de dados e da análise, utilizado para validar os resultados, fez uso da triangulação de métodos: análise documental; observação e entrevista. Entrevistas domiciliares foram realizadas com familiares informantes chave, utilizando o Roteiro do Índice de Vulnerabilidade das Famílias Paranaenses – IVFPR, composto por quatro dimensões: adequação do domicílio; perfil e composição familiar; acesso ao trabalho e à renda e escolaridade e o Roteiro de Investigação de Eventos Sentinela, com questões para caracterização dos participantes, da trajetória do abuso de drogas na vida social e na saúde e do acesso a serviços de atenção e apoio, bem como duas questões disparadoras e um diário de campo. As entrevistas em profundidade tiveram enfoque narrativo e dinâmica segundo a composição dos instrumentos de coleta de dados e foram gravadas em mídia digital. Os dados quantitativos foram analisados por medidas de localização central e dispersão, com cálculo de coeficiente de variação de Pearson. A narrativa, seguindo pressupostos da história oral temática, foi submetida à transcrição literal, à organização e à transcriação. Os resultados estão apresentados na caracterização dos participantes da pesquisa e em três manuscritos. Vinte familiares entrevistados eram mães ou irmãs do usuário e possuíam idade média de 51,9 anos, com média de 7,5 anos estudados, a maioria casada ou convivendo com companheiro (16 – 55,2%) e a composição familiar foi em média 4,1 pessoas. A maioria dos usuários era homem (96,6%), solteiro (75,9%) e desempregado (51,7%), 10 (34,5%) tinham menos de quatro anos estudados e 28 faziam uso crônico de bebida alcoólica (96,6%), com média de 20,8 anos de uso. A aplicação do IVFPR apontou famílias com elevado índice de vulnerabilidade social e com repercussões negativas em indicadores de longo prazo, como baixa escolaridade, baixa qualificação profissional interna e precariedade no acesso a serviços de atenção psicossocial, indicando uma relação entre os anos de enfrentamento e sofrimento e a vulnerabilidade social. Considerando o longo período de uso de drogas e a trajetória de busca a serviços de saúde, o acesso das famílias para tratamento foi preferencialmente em serviços de saúde hospitalares em detrimento dos serviços de base comunitária e territorial. Após a alta hospitalar por melhora do trauma, 15 usuários (51,7%) foram encaminhados a unidades básicas de saúde (14 – 48,3%) e somente um para centro de atenção psicossocial. A narrativa da filha de uma usuária de múltiplas drogas e por longo período evidenciou fatores contribuintes para a iniciação e continuação do abuso de drogas, como o rompimento do vínculo conjugal e familiar e a trajetória da mãe para a situação de rua. O relato é de intenso sofrimento, no entanto, a narrativa e a observação das condições de vida da família e da motivação da filha em apoiar sua mãe, desconstrói o paradigma do padrão intergeracional do uso de drogas e de família desestruturada e negligente como causadora da continuidade do uso de drogas. Por fim, considera-se que o trauma e a hospitalização representaram situações limites (turning points) na vida do usuário de drogas e de suas famílias vulneráveis, momento oportuno para efetivar ações de redução de danos/cessação do abuso de drogas em serviços da rede de atenção psicossocial, assim como fortalecer as famíliaspt_BR
dc.description.abstractAbstract: This study proposes to analyze the interface between drug use, family relationships, social vulnerability and public policies to deal with this public health problem. It took place through the epidemiological investigation of sentinel event, captured by the hospitalization of individuals diagnosed with physical trauma associated with poisoning by drug abuse, which had the potential to identify users with a high degree of commitment on health and social life, with harmful use of drugs for a long period and deficits on public policies to access them, considering the long history of use. In this perspective, it was constructed the thesis: the families of these people/sentinel events have repercussions in health and social life that can be explained by the long period of coexistence with the abuse of drugs and by the deficits of public policies. The general objective was to evaluate the implications of drug use for social life and health for families of long term drug users. It is a cross-sectional, descriptive and exploratory study with a quantitative and qualitative approach, and resources from in depth interview emphasizing the narrative and oral history, from 29 drug users, intentionally chosen according to pre-established criteria for sentinel events, hospitalized between April and September 2014 and accessed through the case notification to the Poison Control Center of the Regional University Hospital of Maringá. The data collection plan and analysis, used to validate the results, made use of triangulation of the methods – documentary analysis, observation and interview. Household interviews were conducted with familiar key informants using the Vulnerability Index of Paranaenses Families Script – IVFPR, composed of four dimensions – the adequacy of the household, profile and family composition, access to work and income, and education; Sentinel Events Research Script, with questions to characterize the participants, the path of drug abuse in health and social life, and access to support and care services, and two triggering questions; and a field diary. The in-depth interviews were of narrative approach and of dynamic according to the composition of the data collection instruments and were recorded on digital media. Quantitative data were analyzed by central location and dispersion measures, with Pearson's coefficient of variation calculation. The narrative, following assumptions of thematic oral history was submitted to literal transcription just as it was recorded, to the organization, and to the transcreation. The results are presented in the characterization of the survey participants and three manuscripts. Twenty family members interviewed were mothers or sisters of the drug users, with a mean age of 51.9 years, and an average of 7.5 years studied, the majority was married or living with a partner (16 – 55.2%), and family composition was an average of 4.1 people. Most users were male (96.6%), single (75.9%) and unemployed (51.7%); 10 (34.5%) had less than four years of schooling, and 28 were chronic alcohol users (96.6%) with a mean of 20.8 years of use. The application of IVFPR pointed families with high social vulnerability index and a negative impact on long-term indicators such as low education, low internal qualification and precariousness of access to psychosocial care services, seeming to indicate relationship between the years of confrontation and suffering and social vulnerability. Considering the long period of drug use and the pursuance to health services, family access to treatment was preferably in hospitals rather than community and regional health services. After hospital discharge due to improved trauma, 15 users (51.7%) were referred to basic health units (14 – 48.3%) and only one to a psychosocial care center. The story of the daughter of a user of multiple drugs and for long periods showed factors contributing to the initiation and continuation of drug abuse, to the disruption of marital and family ties, and the mother's path to the homelessness, through a reporting of intense suffering. However, the narrative and the observation of the family's living conditions and the daughter's motivation to support the mother, deconstructs the standard paradigm of intergenerational drug abuse, and dysfunctional and neglectful family as a cause of continued drug use. At last, it is considered that the trauma and hospitalization accounted for extreme situations (turning points) in the drug user's life and their vulnerable families, an opportune time to carry out actions of harm reduction/cessation of drug abuse in the psychosocial care network services and strengthening of familiespt_BR
dc.format.extent233 f. : il. (algumas color.).pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.rightsopenAccess-
dc.subjectServiços de saúdept_BR
dc.subjectEnfermagempt_BR
dc.subjectDrogas - Desintegraçäo socialpt_BR
dc.subjectSaúde públicapt_BR
dc.subject.ddc610.73pt_BR
dc.titleRepercussões do uso de drogas por longo período para a vida social e a saúde em famílias de usuáriospt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.subject.cnpq1Ciências da Saúde-
dc.subject.cnpq2Enfermagem-
Aparece nas coleções:3.3 Tese - Ciências da Saúde (CCS)

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