Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/5758
Autor(es): Padovani, Camila
Orientador: Pelloso, Sandra Marisa
Título: Sífilis na gestação e sua associação com o desfecho perinatal : contribuições para a enfermagem
Banca: Parada, Cristina Maria Garcia de Lima
Banca: Oliveira, Magda Lúcia Félix de
Palavras-chave: Sífilis;Gravidez;Sífilis congênita;Saúde materno-infantil;Cuidado pré-natal
Data do documento: 2016
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Citação: PADOVANI, Camila. Sífilis na gestação e sua associação com o desfecho perinatal: contribuições para a enfermagem. 2016. 105 f. Dissertação (mestrado em Enfermagem) - Universidade Estadual de Maringá, 2016, Maringá, PR.
Abstract: RESUMO: O número de casos de sífilis adquirida vem aumentando consideravelmente na população mundial nos últimos anos. Fato que reflete no acréscimo no número de casos de sífilis no período gestacional. A sífilis materna não diagnosticada e tratada oportunamente pode resultar em graves danos à saúde do bebê, e destacam-se abortamento, natimortalidade, prematuridade, baixo peso ao nascer e a sífilis congênita propriamente dita. O reaparecimento da sífilis congênita e eventos adversos associados a ela apontam para oportunidades perdidas de prevenção nos sistemas de saúde público e privado. O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência da sífilis durante o processo gestacional e os fatores associados às características maternas, perinatais, tratamento, bem como a incidência e a detecção da sífilis congênita. Estudo transversal, descritivo, retrospectivo, realizado a partir de dados secundários de notificações de sífilis durante o período gestacional e sífilis congênita referentes a 15ª Regional de Saúde do Estado do Paraná. As notificações de sífilis na gestação e de sífilis congênita foram obtidas por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan – sífilis gestacional e congênita). Os dados acerca do histórico obstétrico da gestante e condições de nascimento dos bebês que nasceram vivos foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc). Dados referentes aos casos de natimortalidade, aborto e óbito neonatal foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Os bancos de dados Sinan (sífilis gestacional e congênita), Sinasc e SIM foram linkados a fim de possibilitar único registro para cada caso notificado. No período estudado, foram notificados 306 casos de sífilis em gestantes e 175 casos de sífilis congênita. A prevalência de sífilis gestacional no período foi de 0,57%, com taxa de detecção passando de 2,93 casos/mil nascidos vivos em 2011 para 12,79 casos/mil nascidos vivos em 2015. A taxa de incidência da sífilis congênita no ano de 2011 foi de 0,30 casos por mil nascidos vivos para 9,67 casos por mil nascidos vivos em 2015, com taxa de detecção no mesmo ano de 6,55 casos/mil nascidos vivos. A análise multivariada revelou as seguintes associações a sífilis na gestação: mulheres de raça/cor não branca (razão de prevalência [RP]4,6; IC=3,62-5,76; baixa escolaridade (RP=15,4; IC=12,60-18,86); ausência de acompanhamento pré-natal (RP=7,4; IC=3,68-14,9). Os desfechos perinatais associados a sífilis gestacional foram: prematuridade (RP=1,6 IC=1,17-2,21); baixo peso ao nascer (RP=1,6 IC=1,14-2,28; P=0,05). Foram notificados dois óbitos por sífilis congênita, um óbito por outra causa e cinco natimortos. Variáveis como realização de pré-natal e número de consultas não apresentaram associação significativa com a conformidade do tratamento, porém, o teste não treponêmico não reagente no pré-natal esteve associado ao tratamento inadequado (OR0,39; IC=0,172-0,875; p=0,023), assim como a sífilis latente (OR0,16; IC=0,052-0,503; p=0,002) e sífilis tardia (OR0,24; IC=0,069-0,854; p=0,027). A partir dos dados deste estudo, percebe-se que ainda há muito o que evoluir para o alcance da meta da OMS de eliminação da sífilis congênita como problema de saúde pública
ABSTRACT: The number of cases of syphilis acquired in the world population has increased considerably in recent years. This reflects the increase in the number of cases of syphilis in the gestational period. Maternal syphilis, undiagnosed and treated in a timely manner, can result in serious damage to the baby's health, including abortion, stillbirth, prematurity, low birth weight and congenital syphilis. The reappearance of congenital syphilis and adverse events associated, point to missed opportunities for prevention in public and private health systems. This study aimed to analyze the prevalence of syphilis during the pregnancy and the factors associated with maternal, perinatal characteristics, and treatment, as well as the incidence and detection of congenital syphilis. This was a cross-sectional, descriptive, retrospective study based on secondary data from syphilis reports during the gestational period and congenital syphilis referring to the 15th Regional Health Center in the state of Paraná. The reports of syphilis during pregnancy and congenital syphilis were obtained through the Notification of Injury Information System (Sinan – gestational and congenital syphilis). Data on the obstetric history of the pregnant woman and the birth conditions of the babies born alive were obtained through the Live Birth Information System (Sinasc). Data on cases of stillbirth, abortion and neonatal death were obtained through the Mortality Information System (SIM). The databases, Sinan (gestational and congenital syphilis), Sinasc and SIM were linked allowing a single record for each notified case. During the study period, it was reported 306 cases of syphilis in pregnant women and 175 cases of congenital syphilis. The prevalence of gestational syphilis in the period was 0.57%, with detection rate increasing from 2.93 cases per thousand live births in 2011 to 12.79 cases per thousand live births in 2015. The incidence rate of congenital syphilis in 2011 was 0.30 cases per thousand live births and 9.67 cases per thousand live births in 2015, with detection rate in the same year of 6.55 cases per thousand live births. The multivariate analysis revealed the following associations to syphilis during pregnancy: non-white race/color (prevalence ratio [PR]4.6; CI=3.62-5.76); low education (PR=15.4, CI=12.60-18.86); no prenatal care (PR=7.4; CI=3.68-14.9). The perinatal outcomes associated with gestational syphilis were: prematurity (PR=1.6 CI=1.17-2.21), low birth weight (PR=1.6; CI=1.14-2.28; P=0.05). Two deaths were reported for congenital syphilis, 1 death for another cause and 5 stillborn. Variables such as prenatal care and number of consultations were not significantly associated with treatment compliance, however, non-reactive non-treponemal test during prenatal care was associated with inadequate treatment (OR0.39; CI=0.172-0.875; p=0.023), as well as latent syphilis (OR0.16; CI=0.052-0.503; p=0.002) and late syphilis (OR0.24; CI=0.069-0.854; p=0.027). Based on our findings, it is clear that there is still a long way to go to reach the WHO goal of eliminating congenital syphilis as a public health problem
Descrição: Orientador: Prof.ª Dr.ª Sandra Marisa Pelloso
Dissertação (mestrado em Enfermagem) - Universidade Estadual de Maringá, 2016
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/5758
Aparece nas coleções:2.3 Dissertação - Ciências da Saúde (CCS)

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Camila Padovani_2016.pdf1,99 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.