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Autor(es): Guedes, Márcia Regina Jupi
Orientador: Oliveira, Magda Lúcia Félix de
Título: Comportamentos preventivos adotados por famílias após a alta hospitalar de crianças com intoxicação
Banca: Vieira, Luiza Jane Eyre de Souza
Banca: Marcon, Sonia Silva, 1959-
Banca: Tacla, Mauren Teresa Grubisich Mendes
Banca: Higarashi, Ieda Harumi
Palavras-chave: Saúde da criança;Envenenamento;Intoxicação infantil
Data do documento: 2015
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Citação: GUEDES, Márcia Regina Jupi. Comportamentos preventivos adotados por famílias após a alta hospitalar de crianças com intoxicação. 2015. 179 f. Dissertação (mestrado em Enfermagem) - Universidade Estadual de Maringá, 2015, Maringá, PR.
Abstract: RESUMO: O objeto do presente estudo foi as alterações nos comportamentos de saúde de famílias após a ocorrência de intoxicação grave ou moderada em crianças, com as questões para o estudo: "A intoxicação funcionou como "ponto de virada" para aquisição de comportamentos preventivos e para mudanças no ambiente domiciliar das famílias após a alta hospitalar da criança?" "Quais seriam os impactos de um procedimento de orientação/preparo de alta para aquisição de comportamentos preventivos e mudanças no ambiente domiciliar dessas famílias?" O objetivo foi analisar comportamentos preventivos adotados por famílias após a alta hospitalar de crianças internadas com intoxicação. Estudo descritivo, observacional e prospectivo, na modalidade convergente assistencial, com abordagem às famílias de crianças intoxicadas e atendidas na Sala de Estabilização e Reanimação do Pronto Socorro ou na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário Regional de Maringá, cadastradas em um centro de assistência e informação toxicológica – CIAT, do noroeste do Paraná. Foi utilizado o referencial teórico do Modelo de Crenças em Saúde para discussão do comportamento preventivo das famílias. Participaram do estudo 11 famílias, residentes em municípios da 15ª Regional de Saúde do Paraná. A coleta dos dados ocorreu entre março e outubro de 2015, e foi realizada por meio de análise documental, observação com participação moderada e entrevista, em três etapas: captura dos casos; intervenção hospitalar, por ocasião do atendimento da ocorrência toxicológica, com o primeiro encontro de ação educativa dialógica para prevenção de acidentes toxicológicos no domicílio; e intervenção domiciliar, em encontro realizado no domicílio das famílias, com continuidade da ação educativa e avaliação desse processo, e utilização do Modelo de Crenças em Saúde. As fontes de dados foram a ficha de Relação Mensal dos Pacientes Internados e a ficha de Ocorrência Toxicológica do Centro de Controle de Intoxicações do Hospital Universitário, e cinco instrumentos: roteiro de coleta de dados de documentos hospitalares; roteiro de entrevista hospitalar com familiar; roteiro de educação para prevenção do acidente toxicológico infantil; roteiro de entrevista domiciliar e roteiro de observação domiciliar. As entrevistas foram gravadas e os dados analisados descritivamente; os depoimentos foram transcritos e analisados por meio da análise de conteúdo temática. O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade Estadual de Maringá. Das 11 crianças envolvidas nos em estudo a maioria era do sexo masculino e estava na faixa etária até dois anos; a principal circunstância foi o acidente individual; a maioria das intoxicações aconteceu na residência, com a presença dos pais e nos finais de semana. Seis casos foram classificados clinicamente como moderados e cinco como graves. A maioria das famílias apresentava renda entre um a três salários mínimos, com dois filhos; possuíam apenas rádio e televisão como meios de comunicação, e utilizavam as unidades básicas de saúde. A proposta de ação educativa foi eficaz parcialmente, com pouca adesão às medidas para segurança química no domicílio, possivelmente, relacionado com a "precocidade" em que os familiares foram abordados pela pesquisadora no ambiente hospitalar, quando a maior preocupação era a recuperação das crianças; ao pouco vínculo entre pesquisadora e famílias, com apenas duas oportunidades de acesso e acolhimento para a ação educativa; à inserção social da maioria das famílias, com características socioeconômicas e psicossociais deficientes, implicando em baixa motivação para a mudança de comportamento; as intoxicações infantis foram agudas e não resultaram em complicações clínicas, diminuindo a prontidão das famílias para a adoção de comportamentos preventivos; o tempo para a mudança de comportamento no ambiente domiciliar pode ser diferente do tempo do pesquisador. A aplicação e análise das dimensões do Modelo de Crenças em Saúde indicaram que a susceptibilidade para a intoxicação nos domicílios era percebida, mas a severidade do evento era negligenciada; os benefícios do comportamento preventivo não eram percebidos e as famílias relataram barreiras ligadas aos serviços de saúde, principalmente ao acesso e vínculo com profissionais de saúde. Atividades domiciliares de profissionais da atenção básica não foram informadas por nenhuma família, que indicaram pressão social da escola, e críticas do serviço de saúde e da própria família expandida quando a intoxicação ocorreu. Embora a eleição do grupo investigado tenha ocorrido por conveniência e a abordagem do objeto em estudo tenha sido qualitativa, dado que os centros de informação e assistência toxicológica, do qual os casos são originários, são considerados unidades sentinela para vigilância e prevenção das intoxicações, os resultados apontam para a necessidade de ações e apoio em nível domiciliar para diminuição das intoxicações infantis, pois a intoxicação não funcionou como "ponto de virada" para adoção de comportamentos preventivos e para mudanças no ambiente domiciliar e social das famílias após a alta hospitalar
ABSTRACT: Changes in the family’s health behavior after the occurrence of moderate or severe poisoning in children are analyzed; Questioning foregrounding the analysis were: Was intoxication a turning point for preventive behaviors and changes in the household of families after child’s hospital discharge? What would be the impacts of guidance procedures or discharge preparation for the acquisition of preventive behaviors and changes in the household environment of the families? Preventive behaviors adopted by families after discharge of hospitalized intoxicated children were analyzed by a descriptive, observational and prospective study, convergent assistance mode, with regard to families of poisoned children attended to in the Stabilization and Resuscitation Emergency Room or in the Pediatric Intensive Care Unit at the Maringá Regional University Hospital, and registered at the assistance and toxicological information center (CIAT) in the northwestern region of the state of Paraná, Brazil. The Health Belief Model constituted the theoretical framework for the discussion of preventive behavior of households. Eleven families living in municipalities within the 15th Regional Health Sector of the state of Paraná participated in current study. Data were collected between March and October 2015, and the investigation was carried out by document analysis, observation with mediated participation and an interview, in three stages: selection of cases; hospital intervention on the occasion of toxicological occurrence, with a first dialogical educational meeting for the prevention of toxicological accidents at home; and intervention at the home comprising a meeting held in the families’ homes, with continued educational activities and evaluation of this process, using The Health Belief Model. Data sources comprised the Monthly List of In-patients and the Toxicological Occurrence Charts from the Poisoning Control Center at the University Hospital, coupled to five tools: Data Collection for Hospital Documents, Guide for Hospital Interview with family members, Handbook for Toxicology Accident Prevention in Children, Household Interview and Homecare Observation. The interviews were recorded and data were analyzed descriptively; the interviews were transcribed and analyzed using thematic content analysis. Current research project was submitted to the Ethics Committee of the State University of Maringá (1.159.125/2015). Most of the children involved in toxicity events were male, up to two years old; the main event was an individual accident; most poisonings occurred at home on weekends and when parents were present. Six cases were clinically classified as moderate, whilst five were severe. Most families had two children and an income between one and three minimum wages; they had only a radio and television set as communication media; and they depended on the National Health Service. The proposed dialogical educational action was partially effective with low adherence to measures in chemical safety in the home, possibly due to the early stage in which the family was approached by the researcher in the hospital when the main concern was the recovery of children; to the superficial bond between researcher and families, with only two opportunities for the access and acceptance of the educational activity; to slight social inclusion of most families with deficient socioeconomic and psychosocial features, resulting in low motivation for behavior alterations; to the period for behavior changes in the home environment which may be different from the researcher’s time; to acute child poisonings which did not result in clinical complications and thus reduced the readiness of families to adopt preventive behaviors. The application and analysis of the Health Belief Model indicated that susceptibility to poisoning in the home was actually perceived although the severity of the event was not assessed; the benefits of preventive behavior were not perceived and families reported impairments involving health services, particularly access and bonding to health personnel. Since home activities by primary care professionals were not informed by the family, they pinpointed social pressure by the school, health service and the extended family when poisoning occurred. Although the selection of the investigated group occurred according to convenience and the study’s approach was qualitative (information and toxicological assistance centers from where the cases originated are outreaching units for the surveillance and prevention of poisoning), results indicate urgent need for activities and support at household level for reduction of child poisonings. In fact, child poisoning was not a turning point for the adoption of preventive behaviors and changes in the home and social environment of families after hospital discharge
Descrição: Orientador: Prof.ª Dr.ª Magda Lúcia Félix de Oliveira
Dissertação (mestrado em Enfermagem) - Universidade Estadual de Maringá, 2015
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/5759
Aparece nas coleções:2.3 Dissertação - Ciências da Saúde (CCS)

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