Expatriação de docentes e o processo de internacionalização em programas de pós-graduação da Universidade Estadual de Maringá

Abstract

RESUMO: O presente estudo teve como objetivo compreender como a expatriação de docentes contribui para a internacionalização dos Programas de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá. A pesquisa foi subsidiada na abordagem qualitativa e descritiva, tendo como estratégia, o estudo de caso. A coleta de dados foi realizada em duas etapas: a primeira pela busca e análise de dados secundários e a segunda com a realização de entrevistas semiestruturadas com oito docentes, um de cada curso. Os entrevistados foram selecionados pelo critério de finalização do pós-doc mais recente. Os dados foram analisados tendo como respaldo a análise de conteúdo. A presente pesquisa constatou que o docente é ator protagonista quando se fala em internacionalização dentro de um curso de pós-graduação. Os docentes através do pós-doutorado contribuem de maneira significativa para internacionalização de seus PPGs, portanto, a transformação dos docentes após a realização do pós-doutorado, seja em níveis pessoais, acadêmicos e profissionais contribuem nitidamente para o aumento e/ou incremento da internacionalização em seus PPGs. Apesar das dificuldades atuais para internacionalizar via expatriação de docentes, tendo em vista a redução abrupta das bolsas de fomento, a proatividade, protagonismo e o interesse na progressão pessoal (intelectual) e organizacional faz com o docente realize várias estratégias de internacionalização, principalmente as estratégias de internacionalização em casa que são justamente as que não dependem exclusivamente de aportes expressivos de recursos financeiros. Dentre as principais estratégias realizadas estão: (1) receber nos PPGs professores e alunos oriundos do exterior; (2) oferecer disciplinas em inglês ou em outros idiomas; (3) escrever artigos em inglês ou espanhol; (4) publicar artigos em periódicos nacionais ou internacionais em inglês ou em outros idiomas; (5) ter projetos de pesquisa conjunta com pesquisadores ou IES no exterior; (6) participar de redes (grupos) de pesquisa internacionais; (7) contemplar a dimensão internacional nas disciplinas; e (8) escrever artigos em coautoria com pesquisadores que trabalham no exterior.

ABSTRACT: The present paper aims at understanding how the expatriation of teachers contributes to the internationalization of the Graduate Programs of the State University of Maringá. The research was subsidized in the qualitative and descriptive approach, having as a strategy, the case study. Data collection was carried out in two stages: the first through the search and analysis of secondary data and the second with semi-structured interviews with eight teachers, one from each course. The interviewees were selected according to the most recent post-doc completion criteria. The data were analyzed based on content analysis. This research found that the teacher is a protagonist when it comes to internationalization within a postgraduate course. Teachers through the post-doctorate significantly contribute to the internationalization of their PPGs, therefore, the transformation of teachers after the completion of the post-doctorate, whether at personal, academic and professional levels clearly contribute to the increase and / or increase in internationalization in your PPGs. Despite the current difficulties to internationalize via expatriation of professors, in view of the abrupt reduction of scholarships, the proactivity, protagonism and interest in personal (intellectual) and organizational progression makes the teacher carry out several internationalization strategies, mainly strategies internationalization at home, which are precisely those that do not depend exclusively on significant contributions of financial resources. Among the main strategies carried out are: (1) receiving professors and students from abroad at PPGs; (2) offering courses in English or other languages; (3) writing articles in English or Spanish; (4) publish articles in national or international journals in English or in other languages; (5) having joint research projects with researchers or HEIs abroad; (6) participate in international research networks (groups); (7) contemplate the international dimension in the disciplines; and (8) write articles co-authored with researchers working abroad.