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http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/6215
Autor(es): | Guedes, Alexandre Marcelo Coutinho |
Orientador: | Cassandre, Marcio Pascoal |
Título: | Subjetivação da ação empreendedora por mulheres na perspectiva da psicodinâmica do trabalho |
Banca: | Machado, Hilka Pelizza Vier |
Banca: | Duarte, Daniele Almeida |
Banca: | Oliveira, Josiane Silva de |
Banca: | Borges, William Antonio |
Banca: | Pépece, Olga Maria Coutinho |
Palavras-chave: | Psicodinâmica do trabalho;Subjetivação;Mulheres empreendedoras |
Data do documento: | 2020 |
Editor: | Universidade Estadual de Maringá |
Citação: | GUEDES, Alexandre Marcelo Coutinho. Subjetivação da ação empreendedora por mulheres na perspectiva da psicodinâmica do trabalho. 2020. 272 f. Tese (doutorado em Administração) - Universidade Estadual de Maringá, 2020, Maringá, PR. Disponível em: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/6215. Acesso em: 9 nov. 2021. |
Abstract: | RESUMO: O estudo se propõe a compreender a subjetivação na ação empreendedora por mulheres,
pelo processo de reflexão intersubjetiva entre advogadas empresárias. O estudo
considerou duas premissas com bases para sua execução: 1º) ação empreendedora como
trabalho real e, 2º) o trabalho como todo um engajamento da personalidade da mulher
empreendedora a fim de fazer frente às diversas formas de pressão materiais, sociais e
econômicas, em especial, às expectativas da cultura de gênero. Considera-se que o recorte
de gênero potencializou a consistência dos conceitos ao dar visibilidade ao processo de
(inter)subjetivação e evidenciar como as condições de precarização, tensão e pressão
social influenciam na condição de prazer e sofrimento proveniente do trabalho, além de
desvelar as estratégias defensivas utilizadas pelas empreendedoras. Para tanto, o estudo
optou pela abordagem metodológica da Clínica em Psicodinâmica do Trabalho, porém
estruturando uma nova abordagem, o Laboratório de Mediação em Psicodinâmica do
Trabalho, de modo a acompanhar as empreendedoras nessas reflexões intersubjetivas. A
sujeitas de pesquisa foram identificadas com o apoio do SEBRAE Mulher e da Comissão
da Mulher Advogada - OAB Mulher, ambas da regional Maringá-PR. O grupo foi
constituído por 14 mulheres-empreendedoras-advogadas, selecionadas por serem sócias
e estarem à frente do negócio. A tese defendida nesse estudo sugere que na dinâmica de
subjetivação da ação empreendedora existem fatores próprios do empreendedorismo por
mulheres que se estruturam objetivamente, ou prescrevem simbolicamente e
normativamente restrições típicas de uma ação empreendedora genuína, potente e
autônoma, o que daria origem a situações desestruturantes, que levariam as
empreendedoras à condição de sofrimento, adoecimento, ou até mesmo, de prazer,
quando tais situações são transpostas. Como resultado do estudo foi possível entender que
o processo de subjetivação na ação empreendedora ocorre quando a subjetividade e a
identidade empreendedora se constituem pelas vivências de si, pelos registros de
experiências, pela influência de modelos (referências) externos, como a cultura de gênero
e pelas diversas formas de socialização de gênero e de mulher de negócio. O resultado da
(inter)subjetivação é a formação de uma inteligência subjetiva que é mobilizada e usada
para fazer frente ao real da ação empreendedora. Em relação à ação empreendedora,
identificou-se que a mensuração da produtividade das mulheres no cenário capital
concorrencial contemporâneo não considera, frequentemente, as variáveis implicadas ao
âmbito do trabalho privado (invisível), o que sobrecarrega, limita temporalmente e
energeticamente e exige das mulheres empreendedoras, por vezes, arranjos não salutares
para as ordens física, cognitiva ou social. Além do mais, as empreendedoras têm sido
influenciadas pela cultura da performance e têm priorizado o trabalho como principal
dimensão da vida. Porém, isso tem causado desequilíbrios e sofrimento psíquicos. Para
fazer frente aos desafios, as empreendedoras têm utilizado a estratégia de defesa ao se
unirem em coletivos específicos para mulheres. ABSTRACT: The study aims to understand the subjectivity in entrepreneurial action by women through the process of intersubjective reflection among business lawyers. The study considered two premises with bases for its execution: 1st.) Entrepreneurial action as real work and, 2nd.) Work as a whole engagement of the entrepreneurial woman's personality in order to face the different forms of material, social and economic pressure , in particular, to the expectations of gender culture. It is considered that the gender focus has enhanced the consistency of the concepts by giving visibility to the process of (inter) subjectivation and showing how the precarious conditions, tension and social pressure influence the condition of pleasure and suffering arising from work, in addition to unveiling the defensive strategies used by women entrepreneurs. To this end, the study opted for the methodological approach of the Clinic in Psychodynamics at Work, but structuring a new approach, the Mediation Laboratory in Psychodynamics at Work, in order to accompany the entrepreneurs in these intersubjective reflections. The research subjects were identified with the support of SEBRAE women and the Commission of the Lawyer Woman - OAB women, both from Maringá-PR. The group was made up of 14 womenentrepreneur- lawyers, selected because they are partners and are in charge of projects. The thesis defended in this study suggests that in the dynamics of subjectivity of entrepreneurial action there are factors specific to entrepreneurship by women that are structured objectively, or they prescribe symbolically and normatively restrictions typical of a genuine, powerful and autonomous entrepreneurial action, which would give rise to destructive situations that can lead the entrepreneurs to the condition of suffering, illness, or even, of pleasure, when such situations are transposed. As a result of the study, it was possible to understand that the process of subjectivity in entrepreneurial action occurs when subjectivity and entrepreneurial identity are constituted by the experiences of oneself, by the records of experiences and experiences, by the influence of external models (references), such as the culture of gender and the various forms of socialization of gender and business women. The result of (inter) subjectivation is the formation of a subjective intelligence that is mobilized and used to face the real of entrepreneurial action. In relation to entrepreneurial action, it was identified that the measurement of women's productivity in the contemporary competitive capital scenario does not often consider the variables involved in the scope of private (invisible) work, which overloads, limits time and energy and demands from women entrepreneurial, sometimes unhealthy arrangements for physical, cognitive or social orders. Furthermore, women entrepreneurs have been influenced by the culture of performance and have prioritized work as the main dimension of life. However, this has caused emotional and psychological imbalances and maladjustments. In order to face the challenges, the entrepreneurs have used the defense strategy when they come together in collectives, specific to women. |
Descrição: | Orientador: Prof. Dr. Marcio Pascoal Cassandre. Coorientador: Prof. Dr. Guilherme Elias da Silva. Tese (doutorado em Administração) - Universidade Estadual de Maringá, 2020 |
URI: | http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/6215 |
Aparece nas coleções: | 3.7 Tese - Ciências Sociais Aplicadas (CSA) |
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