Metodologias ativas, porque sim ou por que não? : fatores que favorecem ou inibem o uso de metodologias ativas no ensino da contabilidade

Abstract

RESUMO: Este estudo tem como objetivo identificar que fatores podem favorecer ou inibir o uso de metodologias ativas no ensino da contabilidade por meio da percepção de docentes do curso de Ciências Contábeis de instituições de ensino superior (IES) públicas no estado do Paraná. Como abordagem metodológica fiz uso de entrevistas semiestruturadas, entrevistando 24 docentes de quatro universidades. Como técnica de análise empreguei a análise hermenêutica dialética. Como recurso tecnológico, utilizei o softwareATLAS.ti® incluindo os documentos das transcrições, os áudios e as observações de campo. Separei as entrevistas de acordo com as características dos entrevistados, em 3 subconjuntos de análise: por gênero (Homem/Mulher), por geração (Baby Boomers/Geração X/Geração Y) e por universidade (UEL, UEM, UFPR, UNIOESTE). Como principais resultados, conseguimos confirmar os achados de Blankley et al. (2017), Madureira et al. (2011) e Mazzioni (2013), de que as metodologias tradicionais ainda são as mais utilizadas no ensino da contabilidade, sobretudo, pela aula expositiva. Na análise por Gênero, as metodologias ativas mais apontadas pelos Homens, foram Caso de ensino e Debate. Já as Mulheres se referiram mais a utilização de Filmes. Corroborando com as afirmações de Perrenoud (2001), a maior parte dos professores entrevistados tem apenas conhecimento básico e muitas vezes até limitado, sobre as metodologias ativas, em muitos casos confundindo uma com a outra. Por último, a respeito dos fatores que podem motivar ou não o uso de metodologias ativas, encontrei 14 fatores ao todo e dentre os mais citados, estão Motivação do aluno, Conteúdo da aula, Perfil dos alunos e Infraestrutura e recursos da universidade.

ABSTRACT: This study aims to identify which factors may favor or inhibit the use of active methodologies in accounting teaching through the perception of professors of the Accounting Sciences course of public higher education institutions (HEIs) in the state of Paraná. As a methodological approach I used semi-structured interviews, interviewing 24 professors from four universities. As a technique of analysis I employed dialectical hermeneutic analysis. As a technological resource, I used ATLAS.ti® software including transcript documents, audios and field observations. I separated the interviews according to interviewee characteristics into 3 subsets of analysis: by gender (Male / Female), by generation (Baby Boomers / Generation X / Generation Y) and by university (UEL, UEM, UFPR, UNIOESTE). As main results, we were able to confirm the findings of Blankley et al. (2017), Madureira et al. (2011) and Mazzioni (2013), that traditional methodologies are still the most used in accounting teaching, especially by lectures. In the analysis by Gender, the active methodologies most pointed by Men were Teaching Case and Debate. Already the women referred more to the use of films. Corroborating with Perrenoud's (2001) statements, most of the teachers interviewed have only basic and often even limited knowledge about active methodologies, in many cases confusing them with one another. Finally, regarding the factors that may or may not motivate the use of active methodologies, I found 14 factors in all and among the most cited are Student Motivation, Class Content, Student Profile, and University Infrastructure and Resources.