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Autor(es): Alves, Rejone Valentim
Título: Não é adolescente, é bandido : imagens do sujeito adolescente em conflito com a lei em discursivizações da mídia digital
Palavras-chave: Identidade - Análise do discurso;Práticas discursivas - Adolescentes;Discurso midiático - Adolescentes
Data do documento: 2017
Abstract: Esta tese tematiza o discurso do sujeito adolescente em conflito com a lei no fluxo de produção das discursividades da mídia digital. A filiação teórica é da Análise de Discurso de linha francesa, fundada por Michel Pêcheux. Buscamos, a partir de 2014, diante das emergências de diversas materialidades discursivas dadas no bojo da maioridade penal, construir um arquivo de pesquisa em que fosse possível analisar as significações formuladas acerca do sujeito adolescente. Optamos, em nosso percurso, por analisar efetivamente o discurso do sujeito adolescente sendo resgatado no discurso da mídia digital, em específico, das revistas: Caros Amigos, Carta Capital, Carta Maior, Época, Exame, Isto É, Princípios e Veja. Orientados pelo objetivo geral de investigar o funcionamento discursivo efetivado em revistas digitais, ao promover o discurso do sujeito adolescente em conflito com a lei, delineamos como objetivos específicos: i) descrever e interpretar os modos pelos quais o discurso do sujeito adolescente em conflito com a lei emerge em revistas digitais; ii) analisar a[s] imagem[ns] ocorrida[s] na/pela delegação de voz ao sujeito adolescente, demonstrando quais imagens se instauram nesse percurso; iii) explicitar o processo discursivo decorrente da tomada de posição do sujeito adolescente no discurso de si, bem como a da mídia em relação a esse sujeito. Parte-se do pré-construído de que a voz desse sujeito não tem visibilidade no social, em especial, pelo fazer midiático. Entretanto, a prática analítica conduziu a refletir sobre a quem é concedida a voz. No batimento descrição-interpretação, construímos o corpus de pesquisa, formado pela ocorrência de 29 sequências discursivas. Ao analisá-las, observamos que a mídia, na concessão de voz ao sujeito adolescente em conflito com a lei, apresentou diferentes formas enunciativas alinhavadas aos cerceamentos próprios da FD midiática, que sobrepõem à voz desse sujeito o trabalho de outras figuras enunciativas. Em meio a esse complexo processo enunciativo que é a materialidade midiática, concedendo voz ao sujeito adolescente, elucidamos dois grandes funcionamentos discursivos: "É adolescente" e "Não[adolescente]", atrelados contraditoriamente ao enunciado "Não é adolescente, é bandido". Nesse fluxo do dizível, construímos um dispositivo teórico de escuta discursiva que concede vazão ao discurso do sujeito em conflito com a lei, dando visibilidade a um processo discursivo configurado por movimentos que se aproximam dos sentidos remetidos ao adolescente e contraditoriamente aos interligados à bandidagem
Cette thèse thématise le discours du sujet adolescent en conflit avec la loi dans le flot de production des discours des médias numériques. La filiation théorique est celle de L'Analyse Française de Discours fondée par Michel Pêcheux. Nous avons cherché, à partir de 2014, face aux matérialités discursives diverses conçues dans le coeur de la majorité pénale, construire un archive de recherche où soit possible d'analyser les significations formulées concernant le sujet adolescent. Nous avons décidé, dans notre parcours, d'analyser effectivement le discours du sujet adolescent paru dans les médias numériques, spécifiquement des magazines: Caros Amigos, Carta Capital, Carta Maior, Época, Exame, Isto É, Princípios et Veja. Guidés par l'objectif général d'enquêter sur le fonctionnement discursif dans les magazines numériques, en promouvant le discours du sujet adolescent en conflit avec la loi, nous avons tracé comme objectifs spécifiques: i) décrire et interpréter les modes par lesquels le discours du sujet adolescent en conflit avec la loi apparaît dans des magazines numériques; ii) analyser l'(es) image (s) survenue (s) dans la/ par la délégation de voix au sujet adolescent, en démontrant quelles images s'instaurent dans ce parcours; iii) expliciter le processus discursif qui résulte de la prise de position de ce sujet dans le discours du soi, ainsi que celle des médias à propos de lui. Nous partons du préconstruit selon lequel sa voix n'a pas de visibilité sociale, surtout dans les médias. Cependant, la pratique analytique a conduit à réfléchir à propos de qui aurait de la voix. Lors de la description-interprétation, nous avons construit le corpus de recherche, formé à partir de l'occurrence de 29 séquences discursives. En les analysant nous avons remarqué que les médias, quand elles accordent de la voix au sujet adolescent en conflit avec la loi, ont présenté de différentes formes énonciatives faufilées aux contraintes propres à la FD médiatique, qui superpose à la voix de ce sujet le travail d'autres figures énonciatives. Au milieu de ce complexe processus énonciatif comme la matérialité médiatique, lors de son accord à la voix au sujet adolescent, nous avons pu exposer deux grands fonctionnements discursifs: " C'est un adolescent " et " Ce n'est pa un [adolescent] ", liés contradictoirement à l'énoncé " Ce n'est pas un adolescent, c'est un bandit ". Dans ce flux du dicible, nous avons construit un dispositif théorique d'écoute discursive faisant apparaître le discours du sujet en conflit avec la loi, en rendant visible un processus discursif conçu par des mouvements qui s'approchent des sens atribués à l'adolescent et contradictoirement à ceux en corrélation avec le banditisme
Descrição: Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Célia Cortez Passetti
Tese (doutorado em Letras) - Universidade Estadual de Maringá, 2017
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/7058
Aparece nas coleções:3.6 Tese - Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH)

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