Leveduras isoladas em abrigos urbanos colonizados por morcegos em Maringá, Paraná

Abstract

No Estado do Paraná, foram identificadas cinco famílias de morcegos (Phyllostomidae Molossidae, Vespertilionidae, Noctilionidae e Emballonuridae), as quais se agrupam devido às características morfológicas, genéticas e comportamentais semelhantes. A família Molossidae, destaca-se por apresentar as espécies mais comuns em abrigos urbanos: Molossus rufus, Molossus molossus, Nyctinomops laticaudatus, Nyctinomops macrotis e Eumops glaucinus. Quando esses morcegos abrigam-se em construções, podem não ser tolerados pelas pessoas, principalmente quando são encontrados em grandes concentrações. Os moradores se incomodam com as fezes acumuladas no chão e no sótão das casas e com o ruído que os morcegos fazem à noite. Porém, a grande preocupação para saúde pública deve-se ao possível contato dos moradores com fezes de quirópteros, pois esses excrementos podem atuar como substrato adequado para o crescimento, desenvolvimento e disseminação de microrganismos. Assim, teve-se como objetivo investigar a ocorrência de leveduras a partir das fezes de morcegos. A coleta de material ocorreu no período de junho a outubro de 2013, em abrigos urbanos colonizados por morcegos na cidade de Maringá. Após amostragem, as fezes foram encaminhadas ao laboratório de Micologia Médica da Universidade Estadual de Maringá, dentro de 24 horas. Diferentes processamentos das amostras foram testados a fim de verificar qual a forma mais eficiente em isolar as leveduras de interesse. Levando em consideração o resultado obtido, fez-se o processamento das fezes e isolamento das leveduras. As espécies obtidas nesse estudo, Cryptococcus ssp., Rhodotorula spp., Candida parapsilosis, Candida glabrata e Candida guilhermondi, foram diferenciadas por meio de testes morfológicos e bioquímicos. Considerando que esses agentes causam severas infecções e que os morcegos, via de dispersão desses microrganismos, estão cada vez mais próximos aos seres humanos, medidas de controle e manejo para evitar possíveis infecções devem ser realizadas. Além disso, mais estudos são necessários para entender melhor a relação epidemiológica desses fungos com os quirópteros

In the State of Paraná, were identified five families of bats (Phyllostomidae, Vespertilionidae, and Molossidae Noctilionidae Emballonuridae) which group due to morphological, behavioral and genetic similar. The family Molossidae, is notable for featuring the most common species in urban shelters: Molossus Molossus molossus rufus, Nyctinomops laticaudatus, Nyctinomops macrotis and Eumops glaucinus. When those bats shelter in buildings may not be tolerated by people, especially when they are found in large concentrations. The villagers bother with accumulated feces on the floor and in the attic of the houses and with the noise that bats do at night. However, the major concern for public health due to the possible contact of the residents with feces of bats, because these excrements can act as suitable culture medium for the growth, development and dissemination of microrganisms. Thus, the objective has been to investigate the occurrence of opportunistic yeast and/or pathogenic from the feces of bats. The collection of material occurred in the period from June to October 2013 in urban shelters colonized by bats in the city of Maringá. After sampling, the stools were forwarded to the Medical Mycology Laboratory at the State University of Maringá, in 24 hours. Different processing of the samples were tested in order to verify what the most efficient way to isolate the yeasts of interest. Considering the result obtained, was the processing of stool and isolation of yeasts. The species obtained in this study, Cryptococcus ssp., Rhodotorula spp., Candida parapsilosis, Candida glabrata and Candida guilhermondi were differentiated by means of morphological and biochemical tests. Whereas these agents cause severe infections and bats, that are dispersal of microorganisms, are each time closer to human beings, control and management measures to prevent possible infections must be performed. In addition, further studies are needed to better understand the epidemiological relationship of these fungi with the chiropteran