Avaliação da regeneração óssea alveolar após exodontia e enxerto com BCP ou BCP/Nb2O5

Abstract

RESUMO: A avulsão dentária é comum em crianças e pode resultar em reabsorção do osso alveolar caso o dente não seja recolocado no alvéolo dentário, dificultando a realização de implantes dentários no futuro. Com isso, em indivíduos em fase de crescimento, a utilização de biomateriais de reabsorção lenta após uma avulsão é uma alternativa para que o osso alveolar mantenha-se em dimensões adequadas por mais tempo, para que o implante dentário possa ser realizado no futuro. O objetivo do estudo foi avaliar a bioatividade in vitro das cerâmicas BCP (fosfato de cálcio bifásica) e BCP/Nb2O5 (fosfato de cálcio trifásica) e sua capacidade in vivo, de promover a formação óssea, após exodontia. A bioatividade foi avaliada em Simulated Body Fluid (SBF). Após 21 dias de imersão em SBF as amostras foram analisadas por Difratometria de Raios X e Microscopia Eletrônica de Varredura. Ratos Wistar jovens foram empregados para o estudo in vivo, em modelo de exodontia, simulando uma avulsão dentária. Após exodontia do incisivo superior direito, o alvéolo dentário foi preenchido com BCP ou BCP/Nb2O5, ambos na forma granulada. Nos animais controle, os alvéolos foram preenchidos com o coágulo do próprio animal. Aos 7, 15, 30, 60 e 120 dias após a cirurgia, os animais foram mortos e as maxilas foram coletadas, fixadas e processadas para inclusão em parafina e coloração com H&E, Azan, e imunodetecção para osteocalcina. As análises in vitro demonstraram a bioatividade dos materiais, com o crescimento de apatita sobre as cerâmicas. As análises in vivo mostraram que os materiais foram biocompatíveis, bioativos e estimularam a osteogênese em todos os períodos, iniciando com trabéculas ósseas delgadas que se tornaram espessas ao longo do tempo, até o preenchimento do alvéolo. Conclui-se que as cerâmicas BCP e BCP/Nb2O5 atuaram na formação e maturação óssea após a extração

ABSTRACT: Dental avulsion is common in children and may result in reabsorption of the alveolar bone if the tooth is not reattached into the dental socket making it difficult to perform dental implants in the future. Thus, in growing individuals, the use of slow reabsorbable biomaterials after an avulsion is an alternative for the alveolar bone to remain in adequate dimensions for longer so that the dental implant can be performed in the future. The aim of this study was to evaluate the in vitro bioactivity of BCP (biphasic calcium phosphate) and BCP/Nb2O5 (triphasic calcium phosphate) ceramics and its in vivo ability to promote bone formation after exodontia. Bioactivity was evaluated in Simulated Body Fluid (SBF). After 21 days of immersion in SBF the samples were analyzed by X-ray Diffraction and Scanning Electron Microscopy. Young Wistar rats were used for the in vivo study, in an exodontic model, simulating a dental avulsion. After exodontia of the right upper incisor, the dental alveolus was filled with BCP or BCP/Nb2O5, both in granular form. In the control animals, the alveolar socket were filled with the clot of the animal itself. At 7, 15, 30, 60 and 120 days after surgery, the animals were killed and the maxilla were collected, fixed and processed for paraffin inclusion and staining with H&E, Azan, and immunodetection for osteocalcin. The in vitro analyzes demonstrated the bioactivity of the materials, with the growth of apatite on the ceramics. In vivo analyzes showed that the materials were biocompatible, bioactive and stimulated osteogenesis at all periods, starting with thin bony trabeculae that became thick over time, until filling the alveolar socket. It is concluded that the BCP and BCP/Nb2O5 ceramics were acted in bone formation and maturation after extraction