Avaliação da exposição ocupacional de profissionais de odontologia ao mercúrio metálico nas Unidades Básicas de Saúde de Maringá, Brasil

Abstract

RESUMO: A exposição ao mercúrio em clínicas de odontologia é considerada alta devido à preparação e aplicação de amálgamas dentárias, portanto há um risco à saúde do trabalhador exposto a este metal. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar a exposição ocupacional de profissionais de odontologia ao mercúrio metálico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Maringá, Brasil. MATERIAL E MÉTODOS: Foram coletadas amostras de sangue e urina de 149 profissionais de odontologia, que constituíram o grupo exposto ao mercúrio metálico, e de 51 adultos saudáveis similares em relação à idade e ao gênero do grupo exposto, constituindo o grupo controle. Foi determinado o mercúrio urinário por espectrofotometria de absorção atômica, a uréia e creatinina no sangue por espectrofotometria UV/VIS, e análise dos aspectos físicos, químicos e microbiológicos da urina por fitas reativas. RESULTADOS: Na avaliação do mercúrio urinário, a média foi de 2,08 ? 2,11 ?g/g de creatinina nos profissionais expostos ao mercúrio e 0,36 ? 0,62 ?g/g de creatinina no grupo controle (p<0,05). Os níveis de mercúrio urinário detectados estavam abaixo do Índice Biológico Máximo Permitido estabelecido no Brasil (35 ?g/g de creatinina), dos quais 11 % dos profissionais (n=16) apresentaram níveis de mercúrio acima do valor de referência (5,0 ?g/g de creatinina), sendo que o valor máximo encontrado foi 13 ?g/g de creatinina. CONCLUSÃO: Os profissionais de odontologia das UBS de Maringá estão expostos ao mercúrio metálico em níveis 5,8 vezes maior que a população controle

ABSTRACT: Exposure to mercury in dental clinics to be considered high due to preparation and application of dental amalgam, so there is a risk to workers exposed to this metal. BACKGROUND: This study objectives to evaluate the occupational exposure of dental professionals to metallic mercury in the dentist’s office of a public primary health care in the city of Maringá, Brazil. MATERIAL AND METHODS: Blood and urine samples were collected from 149 dental professionals (group exposed), and 51 healthy adults, similar for age and gender of the exposed group (control group). Urinary mercury was determined using atomic absorption spectrophotometry, urea and creatinine in blood by UV/VIS spectrophotometry, and analysis of physical, chemical and microbiological characteristics of the urine by reactive bands. RESULTS: Average + standard denation of urinary mercury was 2.08 ? 2.11 ?g/g de creatinine in workers exposed to mercury and 0.36 ? 0.62 ?g/g de creatinine in the control group (p <0.05). Urinary levels of mercury were below the maximum allowed biologic index established in Brazil (35 ?g/g creatinine), 11 % of these professionals (n = 16) had mercury levels above the reference value (5.0 ?g/g creatinine), whereas the maximum value found was 13 ?g/g creatinine. CONCLUSION: The dental professionals of public primary health care in the city of Maringá are exposed to metallic mercury at levels 5.8 times higher than the nonexposed subjects