Modificação no protocoloda hemocultura melhora positividade e concordância com resultados sorológico e molecular na doença de chagas crônica

Abstract

RESUMO: O objetivo desse trabalho foi modificar o protocolo da hemocultura,aumentando o tempo de cultivo e positividadee compará-la com os métodos de ELISA e PCR em pacientes com doença de Chagas tratados com benzonidazol (53) e não tratados (40).A hemocultura foi avaliada a cada 30 dias aumentando o tempo total de observação de 120 para 180 dias. Aparasitemiade cada paciente foi classificada de acordo com a positividade da hemoculturaem relação ao número de tubos e ao tempo necessário para detecção do parasito. A positividade da hemocultura foi de 1/93 (1,08%) até 120 dias de observação preconizados na literatura e de 12/93 (12,9%) até 180 dias proposto nesse trabalho, correspondendo a um incremento de 1.194%. Entre os pacientes com hemocultura positiva 4 (7,5%) eram tratados e 8 (20%) não tratados, sendo que a positividade ocorreu em sua maioria (11/12) entre 150 e 180 dias, com incremento de 91,7%, em relação aos 120 dias. A maioria dos pacientes apresentou baixa parasitemia de acordo com os critérios utilizados. A hemocultura positiva em pacientes tratados e não tratados concorda em 100% com a ELISA e 75% com a PCR. A hemocultura negativa concorda com a ELISA e PCR em 77,6%dos pacientes tratados, mas a comparação desses três métodos entre os tratados e os não tratados não mostrou diferença significativa (p>0,05).Pequena modificação, como o prolongamento no tempo de cultivo,foi suficiente paraaumentar a positividade da hemocultura em altos percentuais. Esse método concordoucom a ELISA e PCR em maior percentual em pacientes não tratados com hemocultura positiva e em pacientes tratados com hemocultura negativa

ABSTRACT: The aim of this study was to modify the hemoculture protocol, increasing the cultivation time and positivity, and compare it with ELISA and PCR methods in patients with Chagas disease treated with benznidazole (53) and untreated (40).Hemoculture was evaluated each 30 days increased total observation time from 120 to 180 days. Each patient’s parasitemia was classified according to hemoculture positivity, in relation to number of tubes and required time for detection of the parasite. Hemoculture positivity was 1/93 (1.08%) up to 120 days of observation recommended in literature and 12/93 (12.9%) up to 180 days proposed in this work, corresponding to an increase of 1,194%. Among patients with positive hemocultures, 4 (7.5%) were treated and 8 (20%) untreated, and the positivity occurred mostly (11/12) between 150 and 180 days, an increase of 91.7% , in relation to 120 days. Most of patients showed low parasitemia according to used criteria. Positive hemoculture in treated and untreated patients agrees 100% with ELISA and 75% with PCR. Negative hemoculture agrees with ELISA and PCR in 77.6% of treated patients, but these three methods comparison between treated and untreated patients showed no significant difference (p> 0,05). Small change, such as extending the culture time, was enough to increase the hemoculture positivity in high percentages. This method agreed with ELISA and PCR in higher percentage in untreated patients with positive hemocultures and in treated patients with negative hemocultures