Racionalidade política e ação : a atuação do indivíduo autoconsciente em Hegel

Abstract

Esta pesquisa tem como objeto a racionalidade do Estado e a atividade do indivíduo autoconsciente em Hegel, tomando como fio condutor os estágios lógicos de formação do sistema. Segundo o contexto filosófico e social nos quais Hegel se insere, o Estado Moderno e a autoconsciência da liberdade são apresentados como estágios fundamentais para a realização do direito e da liberdade. A partir do pressuposto hegeliano de que o caminho lógico fundamenta o desenvolvimento histórico, insere-se ciência e direito na mesma conjuntura. Para tanto, estrutura-se o texto em três momentos: o primeiro capítulo consiste no desenvolvimento do sistema hegeliano a partir da unidade entre o subjetivo e objetivo. Apresenta-se o caminho dialético pelo qual a Razão se torna efetiva para, no capítulo seguinte, expor esta efetividade segundo momentos éticos. O segundo capítulo, por sua vez, desenvolve as instituições que compõem a Eticidade e discute a racionalidade do Estado fundamentando-se nos motivos que levam Hegel à defesa da Monarquia Constitucional. Por fim, o terceiro capítulo discute a relação entre religião e Estado e o papel ativo do indivíduo no encadeamento científico e especulativo dos quais depende a realização da liberdade.

The aim of this research is the rationality of State and the activity of the self-conscious individual in Hegel's theory, taking as a guideline the logic stages of the Hegelian system. According to the philosophical and social context in which Hegel is circumscribed, the Modern State and the self-consciousness of freedom are presented as the fundamental stages for the actualization of right and freedom. We start from Hegelian presupposition that the logical way grounds the historical development, henceforth, science and right are put up in the same context. Therefore, this text is organized in three moments: the first chapter consists in a development of Hegelian system as from the unity between subjective and objective. The dialectical way by which Reason is actualized is presented, so, in the next chapter, this actualization by ethical moments is showed. The second chapter, therefore, develops the institutions which makes up the Ethics and argues about the rationality of the State grounding by the motives that takes Hegel to the defense of the Constitutional Monarchy. Lastly, the third chapter discuss the relation between religion and State, and the active function of the individual in the scientific and speculative chaining by which depends the actualization of freedom.