Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/8100
Autor(es): Reck, Higor Barbosa
Orientador: Lopes, Wendell Arthur
Título: Efeito do treinamento intervalado de alta intensidade e do treinamento contínuo de intensidade moderada sobre a função diastólica em mulheres jovens obesas
Banca: Ulbrich, Anderson Zampier
Banca: Okawa, Rogério Toshiro Passos
Palavras-chave: Treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) - Obesidade - Mulheres;Exercício físico - Obesidade - Mulheres;Treinamento contínuo e intervalado - Mulheres obesas
Data do documento: 2021
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Universidade Estadual de Londrina
Citação: RECK, Higor Barbosa. Efeito do treinamento intervalado de alta intensidade e do treinamento contínuo de intensidade moderada sobre a função diastólica em mulheres jovens obesas. 2021. xiii, 90 f. Dissertação (mestrado em Educação Física) - Universidade Estadual de Maringá, Universidade Estadual de Londrina, 2021, Maringá, PR.
Abstract: RESUMO: Introdução: A obesidade é um fator de risco independente para doenças cardiovasculares. O exercício físico é considerado importante componente no tratamento da obesidade. O treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) tem sido considerado uma alternativa ao treinamento contínuo de intensidade moderada (MICT) tendo em vista sua superioridade na melhora na aptidão cardiorrespiratória e na função endotelial. Contudo, a superioridade do HIIT comparado ao MICT sobre a função diastólica ainda não foi devidamente investigada. Portanto, os objetivos da presente dissertação foram (1) revisar os efeitos HIIT e do MICT sobre parâmetros da função diastólica e (2) verificar e comparar os efeitos agudos e crônicos do HIIT e do MICT sobre a função diastólica em mulheres jovens com obesidade. Métodos: O primeiro estudo realizado foi uma revisão sistemática com meta-análise sobre os efeitos do HIIT versus MICT sobre a função diastólica de população saudável e com doenças crônicas conduzida de acordo com as orientações do PRISMA. A busca dos ensaios clínicos randomizados compreendeu até fevereiro 2021, realizada em cinco bases de dados eletrônicas (Pubmed/Medline, Web of Science, Cochrane, Lilacs e Scielo). A meta-análise foi realizada no software Review Manager® e os dados foram apresentados como diferença média padronizada (SMD), com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Utilizamos o modelo de efeitos aleatórios para reduzir a influência da heterogeneidade e comparar as alterações sobre Velocidade diastólica de pico transmitral (E), Velocidade diastólica transmitral tardia (A), Velocidades de pico diastólicas do anel mitral (e'), razão E/A e razão E/e' após HIIT e MICT. O segundo estudo com característica experimental foi composto por duas fases. A primeira fase foi a realização de um protocolo agudo com design cruzado. Participaram do estudo 15 mulheres jovens com obesidade grau I e II, com idade entre 18 e 35 anos. As participantes foram submetidas a três condições experimentais distintas: HIIT (4 x 4 minutos de caminhada/corrida na intensidade entre 85 e 95% da FCmáx, alternados por 3 minutos de recuperação ativa na intensidade entre 65 e 75% da FCmáx), MICT (41 minutos de caminhada/corrida na intensidade entre 65 e 75% da FCmáx) e condição controle - CC (30 minutos na posição sentado). As variáveis da função diastólica foram coletadas imediatamente após, cinco e 35 minutos após as condições experimentais. A segunda fase foi a realização de protocolo crônico com design paralelo. Participaram desta fase 25 mulheres jovens com obesidade grau I e II, com idade entre 18 e 35 anos. Foram avaliadas medidas antropométricas, composição corporal, função diastólica e a aptidão cardiorrespiratória antes e após oito semanas de intervenção com HIIT ou MICT. Para a comparação entre os grupos (HIIT e MICT) e entre os momentos de avaliação (pré e pós) foi utilizada a ANOVA para medidas repetidas, seguido da correção de Bonferroni. Adotou-se o valor de p?0,05 para significância estatística. Resultados: A revisão sistemática com meta-análise revelou que ambos os protocolos aumentaram a variável e' (HITT: SMD 0.69 [CI 95%, x 0.21 – 1.18], p=0.005) e (MICT: SMD 0.25 [CI 95%, 0.04 – 0.46], p=0.02) e apenas o HIIT reduziu a razão E/e’ (SMD -0.36 [CI 95%, -0.72 – 0.00], p=0.05). Contudo, não houve diferença significante entre HIIT e MICT em nenhum dos parâmetros da função diastólica. Adicionalmente, o HIIT se mostrou superior ao MICT no aumento da aptidão cardiorrespiratória (SMD 0.34 [CI 95%, 0.15 - 0.52], p= 0.003). Em relação ao estudo experimental, na primeira fase do estudo observaram-se uma redução significante na variável E em t5 após HIIT em comparação com ao baseline (p = 0,001) e ao CC (p=0,003). Verificaram-se também um aumento significante na variável A após HIIT em relação ao baseline em t5 (p = 0,011) e t35 (p = 0,019) e ao CC (p = 0,032; p = 0,034) e MICT (p = 0,019; p = 0,039) em t5 e t35, e. Além disso, constataram-se uma redução significante da variável e’ após MICT em comparação ao baseline em t5 (p = 0,040) e após MICT (p = 0,007) e HIIT (p = 0,006) em comparação com baseline em t35. Na segunda fase do estudo, não foram encontradas alterações significantes em nenhum dos parâmetros da função diastólica após oito semanas de HIIT ou MICT (variável A p=0,695; E p=0,567; E/A p=0,857; e’septal p=0,308; e’ lateral p=0,147 e E/e’ p=0,083) em mulheres jovens com obesidade. Conclusão: Em relação aos achados na revisão sistemática com meta-análise, ambos os protocolos de treinamento aeróbio, HIIT e MICT, melhoram a função diastólica em indivíduos saudáveis e doenças crônicas. Já em relação aos achados do estudo experimental, de maneira aguda o HIIT promoveu uma redução transitória da função diastólica e de forma crônica nem o HIIT nem o MICT foram capazes de promover alterações significantes sobre a função diastólica de mulheres jovens com obesidademulheres jovens obesas
ABSTRACT: Introduction: Obesity is an independent risk factor for cardiovascular diseases. Aerobic exercise is considered an important component in the treatment of obesity. The high intensity interval (HIIT) has been considered an alternative to continuous training of moderate intensity (MICT) in view of its superiority in improving cardiorespiratory fitness and endothelial function. However, the superiority of HIIT over MICT over diastolic function has not been properly investigated. Therefore, the objectives of this dissertation were (1) to review the HIIT and MICT effects on diastolic function parameters and (2) to verify and compare the acute and chronic effects of HIIT and MICT on diastolic function in young women with obesity. Methods: The first study carried out was a systematic review with a meta-analysis on the effects of HIIT versus MICT on the diastolic function of a healthy population with chronic diseases conducted according to the guidelines of PRISMA. The search for randomized clinical trials comprised until February 2021, carried out in five electronic databases (Pubmed / Medline, Web of Science, Cochrane, Lilacs and Scielo). A meta-analysis was performed using the Review Manager® software and the data was generated as the standardized mean difference (SMD), with its 95% confidence intervals. We used the ratio random effects model to reduce the influence of heterogeneity and compare how changes in early diastolic peak velocity (E), late diastolic peak velocity (A), peak velocities of the mitral annulus (e'), E / A and E / e' ratio after HIIT and MICT. The second study with an experimental characteristic was composed of two phases. The first phase was the realization of an acute protocol with a cross design. Fifteen young women with grade I and II obesity, aged between 18 and 35 years, participated in the study. As participants they were submitted to three different experimental conditions: HIIT (4 x 4 minutes of walking / running at intensity between 85 and 95% of HRmax, alternated by 3 minutes of active recovery at intensity between 65 and 75% of HRmax), MICT (41 minutes of walking / running at intensity between 65 and 75% of HRmax) and control condition - CC (30 minutes in the sitting position). The diastolic function variables were collected immediately after, five and 35 minutes after the experimental conditions. The second phase was the realization of a chronic protocol with a parallel design. Twenty-five young women with grade I and II obesity, aged between 18 and 35 years participated in this phase. Anthropometric measurements, body composition, diastolic function and cardiorespiratory fitness were evaluated before and after eight weeks of intervention with HIIT or MICT. For comparison between the groups (HIIT and MICT) and between the moments of assessment (pre and post), an ANOVA for repeated measures was used, followed by Bonferroni's correction. The value of p?0.05 was adopted for significance statistics. Results: The systematic review with meta-analysis revealed that both protocols increased the variable e' (HITT: SMD 0.69 [95% CI, 0.21 - 1.18], p = 0.005) and (MICT: SMD 0.25 [95% CI, 0.04 - 0.46], p = 0.02) and only HIIT reduced the E / e 'ratio (SMD -0.36 [95% CI, -0.72 - 0.00], p = 0.05). However, there was no significant difference between HIIT and MICT in any of the parameters of diastolic function. Additionally, HIIT was shown to be superior to MICT in increasing cardiorespiratory fitness (SMD 0.34 [95% CI, 0.15 - 0.52], p = 0.003). In relation to the experimental study, in the first xii phase of the study (acute protocol) there was a significant reduction in variable E at t5 after HIIT in comparison with the baseline (p = 0.001) and the CC (p = 0.003). There was also a significant increase in variable A after HIIT in relation to baseline at t5 (p = 0.011) and t35 (p = 0.019) and CC (p = 0.032; p = 0.034) and MICT (p = 0.019; p = 0.039) at t5 and t35, respectively. In addition, there was a significant reduction in the variable 'after MICT compared to baseline at t5 (p = 0.040) and after MICT (p = 0.007) and HIIT (p = 0.006) compared to baseline at t35. In the second phase of the study, no significant changes were found in any of the parameters of diastolic function after eight weeks of HIIT or MICT (variable A p = 0.695; E p = 0.567; E / A p = 0.857; e'septal p = 0.308 ; e 'lateral p = 0.147 and E / e' p = 0.083) in young women with obesity. Conclusion: Regarding the findings in the systematic review with meta-analysis, both the aerobic training protocols, HIIT and MICT, improve the diastolic function in compulsory and chronic diseases. Regarding the findings of the experimental study, HIIT acutely promoted a transient reduction in diastolic function and in a chronic way neither HIIT nor MICT were able to promote significant changes in the diastolic function of young women with obesity
Descrição: Orientador: Prof. Dr. Wendell Arthur Lopes
Dissertação (mestrado em Educação Física) - Universidade Estadual de Maringá, Universidade Estadual de Londrina, 2021
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/8100
Aparece nas coleções:2.3 Dissertação - Ciências da Saúde (CCS)

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Higor Barbosa Reck_2021.pdf2,95 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.