Aumento no uso de antimicrobianos em um hospital privado do noroeste do Paraná durante a pandemia da Covid-19

Abstract

RESUMO: Introdução:a epidemia de SARS-CoV-2 causou aumento no consumo deantimicrobianos, pois os sintomas clínicos da COVID-19 grave e da sepse bacteriana ou fúngica podem ser indistinguíveis, resultando no uso indiscriminado de antimicrobianos. Objetivo: avaliar o consumo e o valor gastocom antimicrobianos no período pré-pandêmico e pandêmico da COVID-19.Metodologia: realizou-se estudo quantitativo, retrospectivo, observacional, descritivo e documentalque comparou o consumo e o valor gasto com os antimicrobianos em dois momentos distintos denominados de pré-pandêmico (01 de janeiro a30 de setembro de 2018) e pandêmico (01de janeiro a 30 de setembro de 2021). Resultados: os antimicrobianos que apresentaram aumento noconsumo foramFluconazol, Claritromicina, Levofloxacino, Cefepime, Polimixina B, Vancomicina, Linezolida, Azitromicina, Meropenem, Ceftriaxona e Ceftazidima. Cefazolina, Clindamicina e Piperacilina+Tazobactamapresentaram diminuição. Destacamos os antimicrobianos que apresentaram maior aumento na dose diária definida (DDD), o Fluconazol que passou de 1,020 para 11,912 DDD100/dia, Cefepime de 2,094 para 9,075 DDD100/dia, Vancomicina de 2,275 para 8,400 DDD100/dia, Claritromicina de 0,377 para 4,079DDD100/dia e Levofloxacino de 0,469 para 2,184 DDD100/dia. Houve aumento nos valores gastoscom os 14 antimicrobianos estudados, deR$237.281,74(US$ 65.911,59) paraR$ 891.613,34(US$, 167.282,05), um incremento de 153,80%.Conclusão: houve aumento no consumo e no valor gasto para a maioria dos antimicrobianos avaliados,usados durante o período pandêmico de COVID-19 em comparação com o período pré-pandêmico.Faz-se necessário estratégias para enfrentamento de futuro cenário de pandemia, visto que o novo coronavírus trouxe diversos desafios para a população como um todo e em especial para o sistema de saúde

ABSTRACT: Introduction:the SARS-CoV-2 epidemic has caused an increase in antimicrobial consumption, as the clinical symptoms of severe COVID-19 and bacterial or fungal sepsis may be indistinguishable, resulting in antimicrobial overuse.Objective: toevaluatetheconsumptionandamountspentonantimicrobials in thepre-pandemicandpandemicperiodof COVID-19.Methodology:a quantitative, retrospective, observational, descriptive and documentary study was carried out that compared the consumption and amount spent on antimicrobials in two different moments called pre-pandemic (January 1 to September 30, 2018) and pandemic (January 1 to September 30, 2021).Results: the antimicrobials that showed an increase in consumption were Fluconazole, Clarithromycin, Levofloxacin, Cefepime, Polymyxin B, Vancomycin, Linezolid, Azithromycin, Meropenem, Ceftriaxone and Ceftazidime. Cefazolin, Clindamycin and Piperacillin+Tazobactam decreased. We highlight the antimicrobials that showed the greatest increase in the defined daily dose (DDD), Fluconazole which increased from 1.020 to 11.912 DDD100/day, Cefepime from 2.094 to 9.075 DDD100/day, Vancomycin from 2.275 to 8.400 DDD100/day, Clarithromycin from 0.377 to 4.079 DDD100/day and Levofloxacin from 0.469 to 2.184 DDD100/day. There was an increase in the amounts spent on the 14 studied antimicrobials, from R$237,281.74 (US$ 65,911.59) to R$ 891,613.34 (US$, 167,282.05), an increase of 153.80%.Conclusion: there was an increase in consumption and in the amount spent for most of the antimicrobials evaluated, used during the COVID-19 pandemic period compared to the pre-pandemic period. Strategies are needed to face a future pandemic scenario, as the new coronavirus has brought several challenges for the population as a whole and in particular for the health system