Educação em saúde : cuidados para a redução de riscos de complicações em pessoas com diabetes tipo 1 e 2 em uso de insulina de itaúna do sul, com ênfase em nefropatia

Abstract

RESUMO: Diabetes mellitus (DM) é uma condição crônica, com prioridade na saúde pública, que pode levar a inúmeras complicações, dentre elas a nefropatia diabética (ND), que é a patologia mais associada à necessidade de hemodiálise. O objetivo foi avaliar as condições clínicas de pessoas com DM tipo 1 e 2 em uso de insulinas e aplicar ações educativas voltadas ao cuidado preventivo de complicações diabéticas com destaque para a ND. Trata-se de um estudo de intervenção realizado na farmácia da Unidade Básica de Saúde de Itaúna do Sul - PR. O estudo foi direcionada às pessoas que se enquadraram aos critérios pré-estabelecidos: maiores de 18 anos, com DM em uso de insulina, que aceitaram participar da pesquisa, com disponibilidade em participar dos encontros. As avaliações clínicas da condição de saúde foram realizadas de acordo com a necessidade dos participantes, sem custo, por meio de exames laboratoriais de rotina para pessoas com DM, mediante solicitação médica. A avaliação da qualidade de vida foi realizada por meio de entrevista. Reuniões para informar os cuidados e ações educativas para reduzir os riscos de complicações da DM foram realizadas de forma coletiva. Treze indivíduos aceitaram participar do estudo. A maioria apresentou limitações nas atividades diárias (69,3%), todos relataram não fazer ingestão de bebida alcoólica ou uso de tabaco; a maioria era sedentária 61,5%; seguindo plano alimentar para pessoas com DM (84,6%); a maior parte apresentando alterações nos exames (84,6%) e histórico familiar de DM (84,6%). As pessoas consideram que o DM e demais condições colaboram por não terem uma boa percepção da saúde, deixando-os depressivos. Um número elevado não são devidamente empoderados quanto ao manejo com insulina (92,3%). No questionário de qualidade de vida, SF-36, podemos observar que a maioria dos participantes têm suas maiores queixas no aspecto físico (84,6%) devido às limitações causadas pela dor. A saúde mental (61,5%), e os aspectos sociais (76,9%) foram os que apresentaram melhor avaliação. Houve predomínio de participantes mulheres (69,3%), casados (53,8%), idosos (53,8%) e pardos (76,9%), com baixa renda (76,9%) e escolaridade (69,3%), refletindo uma tendência de maior prevalência de DM nesse grupo demográfico. Após a análise dos dados obtidos na primeira fase do estudo, observou-se que uma grande parte dos entrevistados (84,6%) necessitava de intervenção, tanto médica quanto educativa, depois das ações os resultados foram positivos e houve melhoras significativas na glicemia. Onze participantes continuaram no estudo, desses, 72,7% afirmaram sentir-se muito melhor do que antes do início do estudo, 46,2% dos integrantes do estudo puderam participar das atividades físicas oferecidas. Houve melhoras após as intervenções nos quesitos "Limitação Física", "Dor" e "Saúde Mental". Todos os participantes notaram uma redução nos níveis de glicemia após as intervenções realizadas. As pessoas com DM estão mais propensos a serem acometidos por depressão pelo comprometimento da sua autoestima. Os manejos e ações aplicadas foram consistentes com as recomendações do Ministério da Saúde alcançando melhoria na saúde dos participantes. Este estudo demonstrou que intervenções educativas são eficazes na redução do risco de complicações e na melhoria do manejo do DM. As evidências ressaltam a importância de estratégias personalizadas para o cuidado das pessoas com DM, contribuindo para a saúde pública e a conscientização da gravidade da condição e suas complicações. Espera-se que este estudo colabore na promoção de uma abordagem mais integrada e eficaz no manejo de condições crônicas, beneficiando a população-alvo e a comunidade

ABSTRACT: Diabetes mellitus (DM) is a chronic condition, with a priority in public health, which can lead to numerous complications, including diabetic nephropathy (DN), which is the pathology most associated with the need for hemodialysis. The objective was to evaluate the clinical conditions of people with type 1 and 2 DM using insulin and apply educational actions aimed at preventive care for diabetic complications, with emphasis on DN. This is an intervention study carried out in the pharmacy of the Basic Health Unit of Itaúna do Sul - PR. The study was aimed at people who met the pre-established criteria: over 18 years old, with DM using insulin, who agreed to participate in the research, and were willing to participate in the meetings. Clinical assessments of the health condition were carried out according to the participants' needs, free of charge, through routine laboratory tests for people with DM, upon medical request. Thequality of life assessment was carried out through interviews. Meetings to inform care and educational actions to reduce the risk of DM complications were held collectively. Thirteen individuals agreed to participate in the study. The majority had limitations in daily activities (69.3%); all reported not drinking alcohol or using tobacco; the majority were sedentary (61.5%); following a dietary plan for people with DM (84.6%); the majority presenting changes in exams (84.6%) and family history of DM (84.6%). People believe that DM and other conditions contribute to the fact that they do not have a good perception of their health, leaving them depressed. A large number are not properly empowered regarding insulin management (92.3%). In the quality of life questionnaire, SF-36, we can observe that the majority of participants have their biggest complaints in the physical aspect (84.6%) due to the limitations caused by pain. Mental health (61.5%) and social aspects 76.9% were those that presented the best evaluation. There was a predominance of female participants (69.3%), married (53.8%), elderly (53.8%) and mixed race (76.9%), with low income (76.9%) and education (69.3%), reflecting a trend towards a higher prevalence of DM in this demographic group. After analyzing the data obtained in the first phase of the study, it was observed that a large proportion of those interviewed, 84.6%, needed intervention, both medical and educational. After the actions, the results were positive and there were significant improvements in blood glucose. Eleven participants continued in the study, of which 72.7% said they felt much better than before the start of the study, 46.2% of the study members were able to participate in the physical activities offered. There were improvements after the interventions in the areas "Physical Limitation", "Pain" and "Mental Health". All participants noticed a reduction in blood glucose levels after the interventions carried out. People with DM are more likely to be affected by depression due to their compromised self-esteem. The management and actions applied were consistent with the recommendations of the Ministry of Health, achieving improvement in the health of the participants. This study demonstrated that educational interventions are effective in reducing the risk of complications and improving DM management. The evidence highlights the importance of personalized strategies for the care of people with DM, contributing to public health and awareness of the severity of the condition and its complications. It is expected that this study will contribute to promoting a more integrated and effective approach to the management of chronic conditions, benefiting the target population and the community