Políticas de avaliação da educação infantil : da formação à performatividade – o cumprimento de uma AGEE no município de Maringá

Abstract

RESUMO: Análise do pensamento do intelectual Herbert Marshall McLuhan (1911-1980) sobre a educação, entendida como processo de direcionamento moral e cultural, em consonância com os interesses de grupos hegemônicos, especificamente nos Estados Unidos entre as décadas de 1950 e 1960. A análise foi desenvolvida partir de um aparato crítico marxiano. Tal exigência se apresenta como própria de uma abordagem abrangente quanto aos procedimentos da pesquisa bibliográfica em História da Educação. Embora não se trate de uma pesquisa documental, o levantamento bibliográfico é histórico e sua análise tem na historicidade as categorias que lhe definem o cariz. McLuhan foi um intelectual. A partir dessa categoria de análise, o autor canadense foi analisado em suas relações sociais na sociedade do capitalismo tardio. O objetivo da análise de suas obras, principalmente aquelas escritas e publicadas entre os anos de 1954 e 1964, foi, sobretudo, evidenciar o vínculo que estabeleceu entre educação e os mass media. A comunicação entre os diferentes estratos da sociedade se tornou possível e diante da impossibilidade de uma unidade cultural, o mais importante foi o desenvolvimento da circulação viabilizado pelos novos media, produtos das tecnologias eletrônicas de comunicação. A cultura de massa, nesse sentido, traz consigo a tendência de confundir cultura com diversão e uma certeza da eficácia tecnológica da mídia. O entretenimento, na indústria de mercadorias intangíveis, foi o recurso metodológico da aprendizagem no qual os professores se tornaram participantes, como num show, como motivadores dos alunos, espectadores à procura de algo em um ambiente em processo de mutação. Essa pedagogia do entretenimento constitui a publicidade, está relacionada ao conjunto das ciências da educação e aliada aos mass media. Forneceu o ambiente para a formação do trabalhador, em seu turno extra da produção, para o consumo e lazer, entendidos como mercadorias culturais na sociedade espetacular. Para a formação do homem industrial, diz McLuhan, foram necessárias as letras (Alfabeto), elas deram forma à linearidade da produção. Para a remodelação do homem-massa mediante os media, a manipulação de imagens e dos signos, entendidos como abstrações que representam a realidade e a ela são imanentes, foi entendida como forma de flexibilização da produção para a produção cultural. O pensamento de McLuhan se construiu a partir de uma noção evolutiva da história, na qual as letras e os circuitos elétricos das tecnologias de informação, desenvolvidas em sua época, corresponderiam à evolução humana. Desenvolveu em suas obras uma perspectiva otimista quanto aos meios de comunicação e à tecnologia. A comunicação e seus meios serviriam para promover o progresso. Com tal motivação projetou conceitos como "aldeia global", que supunha uma progressiva alteração da comunicação como uma atividade setorial, para a comunicação como base de uma nova sociedade. No sistema do capital, na sociedade do espetáculo, a educação se tornou, ela mesma, uma mercadoria

ABSTRACT: This article is an analysis about the intellectual Herbert Marshall McLuhan (1911- 1980) thoughts on education - as a process for moral and cultural orientation - in consonance with hegemonic group's interests in the United States, between the 1950s and 1960s. We developed this article from a critical Marxian apparatus. Therefore, there is an expectation for identification between the approaches on this paper and this kind of procedures on bibliographical research in the History of Education. Although it is not a documentary research, the bibliographical source is historical and the analysis has in historicity the categories that define itself. McLuhan was an intellectual. From this category of analysis, we observed the Canadian author on his social relations in the society of late capitalism. The purpose on analyzing his works (especially those written and published between 1954 and 1964) was to highlight the connection stablished between education and the mass media. Communication between the different strata of society became possible. Faced with the impossibility of a cultural unity, the most important was the development of the circulation, made possible by the new media - products of electronic communication technologies. In this sense, mass culture carries the tendency to confuse culture with fun, and a certainty to the technological effectiveness of the media. Entertainment, in the intangible goods industry, was the methodological resource of learning in which teachers became participants - as in a show - as motivators for students that are spectators looking for something in a changing environment. This pedagogy of entertainment makes up the advertising, relates to the whole of education sciences and allies to the mass media. It also provides the environment for the formation of the worker (in his extra shift of production) for consumption and leisure, understood as cultural commodities in the spectacular society. For the formation of the industrial man, McLuhan stated that alphabet was necessary because they formed the linearity of production. For the reshaping of this mass-man through the media, the manipulation of images and signs (understood as abstractions that represent reality and are immanent to it) was took as a mediator for cultural production. McLuhan's thought are based on an evolutionary notion of history, in which the alphabet and electrical circuits (on information technologies developed in his time) corresponded to human evolution. In his legacy, he developed an optimistic perspective media and technology. Communication - and its means - would serve to promote progress. With such motivation, he projected concepts such as "global village", which supposed a progressive change of communication as a sectoral activity - for communication as the basis of a new society. Both in capital system and in the society of spectacle, education itself became a commodity