Avaliação da precisão do planejamento cirúrgico virtual 3D no posicionamento da maxila em cirurgia ortognática

Abstract

Resumo: O objetivo deste estudo retrospectivo observacional foi avaliar a precisão da adaptação do protocolo CASS (Computer-Aided Surgical Simulation) de planejamento cirúrgico virtual tridimensional (PCV 3D) na movimentação óssea da maxila em pacientes que foram submetidos à cirurgia ortognática, utilizando os softwares Dolphin Imaging & Management Solutions® 11.95 versão 3D e o 3Ds MAX® por meio de comparação entre a posição planejada virtualmente e a posição obtida após a cirurgia. A amostra contou com 53 pacientes diagnosticados com deformidades esqueléticas classes II e III de Angle, que foram submetidos à cirurgia ortognática bimaxilar e que possuíam tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) pré e pós-operatórias. Primeiramente, foi realizada a sobreposição destas TCFCs, e posteriormente, foram mensuradas as diferenças entre as posições planejadas e obtidas por meio das distâncias lineares entre os eixos "x" (médio-lateral), "y" (ântero-posterior) e "z" (súpero-inferior) e angulares (roll, yaw, pitch). Para análise estatística foi aplicado o modelo misto com efeito aleatório para cada paciente. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre o PCV 3D e o pós-operatório nas medidas lineares (p=0.3439) e angulares (p=0.2957), demonstrando que o PCV 3D foi executado e transferido para o paciente com precisão.

Abstract: The aim of this retrospective observational study was to evaluate the accuracy of 3D Virtual Surgical Planning (3D PCV) in maxillary bone turnover in patients who underwent orthognathic surgery using the software Dolphin Imaging & Management Solutions® 11.9 3D version and 3Ds MAX® by means of a comparison between the planned position and the position obtained after the surgery. The sample consisted of 53 patients diagnosed with angle class II and III skeletal deformities who underwent bimaxillary orthognathic surgery between January 2015 and February 2017 and who had pre and postoperative CBCT scan. For this evaluation, it was necessary to overlap the CBCTs, and subsequently, the differences between the planned and obtained results were measured through the linear distances between the x (mediolateral), y (anteroposterior) and z (inferosuperior) axis and angles (roll, yaw, pitch). For statistical analysis a mixed model with fixed effects was applied to the covariates, with random effect for each patient. The results showed that there was no significant difference between 3D and postoperative PCV in linear (p=0.3439) and angular measurements (p=0.2957), demonstrating that 3D PCV was executed and transferred to the patient with precision.