Associação entre grau de alfabetismo midiático e capacidade de identificar fake news

Abstract

RESUMO: Para que as informações disponíveis na Internet auxiliem de forma positiva na qualidade de vida dos indivíduos, é necessário um certo grau de alfabetismo midiático, que compreende a capacidade de avaliar a qualidade dessas informações e criar conteúdo de mídia. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre alfabetismo midiático em saúde e o discernimento de notícias consideradas fake News. Foi realizado um estudo transversal com 240 participantes, por meio de questionário online, com a finalidade de avaliar o grau de alfabetismo midiático em saúde, capacidade dos participantes em identificar fake News e variáveis socioeconômicas. A análise estatística foi realizada por meio de análise descritiva e regressão linear simples e múltipla. A mediana dos escores do questionário de eHeals foi de 32 (variando de 8 a 40 pontos) e o de fake News de 3 (variando de 0 a 8 pontos). As variáveis escolaridade, renda, ocupação profissional e escore do eHeals mostraram associação significante com a capacidade de discernimento de fake News. Conclui-se que maior grau de alfabetismo midiático em saúde e ser da área da saúde interferem positivamente na capacidade de discernimento de fake News.

ABSTRACT: For the information available on the Internet to positively help quality of life, it is necessary to have a certain degree of media understanding, which includes the ability to evaluate the quality of this information and the capability to create media content. Therefore, the objective of this study was to evaluate the association between the understanding in health media content and the discernment related to news considered fake. A cross-sectional study was performed with 240 participants, using an online questionnaire, with the purpose of evaluating the degree of media acquaintance related to health, participants' ability to identify fake news, and socioeconomic variables. Statistical analysis was performed using descriptive analysis and simple and multiple linear regression. The median score for the eHeals questionnaire was 32 (ranging from 8 to 40 points) and the fake news questionnaire was 3 (ranging from 0 to 8 points). The variables education, income, professional occupation, and eHeals score showed a significant association with the ability to discern fake news. It is concluded that a higher degree of media literacy in health and being a health professional interferes positively in the ability to discern fake news.