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http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/9074
Autor(es): | Weber, Natalia Maria |
Orientador: | Silva, Lucia Cecilia da |
Título: | Adoecimento e masculinidades : sentidos do adoecimento para homens em uma perspectiva fenomenológica-hermenêutica e decolonial |
Banca: | Ferrazza, Danielle de Andrade |
Banca: | Veríssimo, Luiz José |
Palavras-chave: | Masculinidades subalternas;Adoecimento;Fenomenologia hermenêutica;Decolonialidade;Masculinidade hegemônica |
Data do documento: | 2024 |
Editor: | Universidade Estadual de Maringá |
Citação: | WEBER, Natalia Maria. Adoecimento e masculinidades: sentidos do adoecimento para homens em uma perspectiva fenomenológica-hermenêutica e decolonial. 2024. 146 f. Dissertação (mestrado em Psicologia) - Universidade Estadual de Maringá, 2024, Maringá, PR. |
Abstract: | RESUMO: A masculinidade hegemônica prevê inúmeros comportamentos por parte dos homens, como a necessidade de ser ativo em relação à sua sexualidade, de ser o provedor do lar, além de adotar um estilo de vida baseado na concepção de invulnerabilidade a partir do qual a demonstração de possíveis fragilidades podem ser vistas como algo que questiona o "modo de ser homem". Alguns movimentos que discutem as problemáticas por trás da masculinidade hegemônica, dentre eles, o feminista e o LGBTQIAPN+, apontam que esse modelo interfere na relação que os homens assumem com o autocuidado. Há tempos, pesquisas realizadas em território nacional e internacional evidenciam enfermidades de média a alta complexidade que afetam muitos homens por eles não buscarem o cuidado preventivo. Diante disso, esta pesquisa exploratória teve como objetivo compreender a relação das masculinidades com o cuidado em saúde e o adoecimento entre os homens. Buscou-se compreender quais, e de que maneiras, as restrições impostas pelos modos de ser homem contribuem para a naturalização de vivências em meio a contextos de adoecimento, ademais, procurou-se entender como os homens se apropriam do que é saúde. Para isso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com homens adultos e idosos contemplando diferentes marcadores existenciais, tais como orientação sexual, classe social e etnia. A partir da análise das entrevistas, foram demarcadas unidades de sentido daquilo que foi mais preponderante nos relatos dos participantes. De modo geral, o estudo revelou que a maioria dos homens tendem a procurar atendimento médico em casos mais graves, parte disso vincula-se a uma percepção de autossuficiência e do não reconhecimento de riscos, também à falta de tempo por conta do trabalho. No entanto, alguns participantes reconheceram uma percepção de que as consultas médicas são voltadas exclusivamente à prescrição de medicamentos, de modo que, não se sentem "vistos" ou acolhidos em suas demandas. Dentre as condições de adoecimento, foram apontadas a falta de vínculos/de apoio, o luto diante da perda de familiares e a perda de autonomia, como contextos em que se percebiam adoecidos. Em contrapartida, para os entrevistados, o cuidado em saúde parece estar amparado na ideia de um "estilo de vida saudável", incluindo alimentação e atividade física como hábitos centrais. Para além disso, uma das formas de cuidado em saúde considerada significativa pelos participantes foi a relação interpessoal com seus próximos, na forma de relações de apoio, centradas na aceitação, incentivo e presença na convivência diária; a saúde aqui vincula-se ao reconhecimento de pertencimento e de legitimidade de seus 'lugares' nas relações. Espera-se que esta pesquisa, amparada na perspectiva fenomenológica-hermenêutica e decolonial, contribua para novos caminhos na construção de um projeto de 'ser homem' mais plural, bem como nas intervenções em saúde vinculadas a uma perspectiva de gênero. ABSTRACT: Hegemonic masculinity prescribes numerous behaviors for men, such as the need to be active in their sexuality, to be the provider of the household, and to adopt a lifestyle based on the concept of invulnerability, from which the demonstration of potential weaknesses may be seen as something that questions the "way of being a man". Certain movements that discuss the issues behind hegemonic masculinity, including feminist and LGBTQIAPN+ movements, point out that this model interferes with men's relationship with self-care. For some time, research conducted both nationally and internationally has evidenced medium to high-complexity illnesses that affect many men because they do not seek preventive care. Considering this, this exploratory research aimed to understand the relationship between masculinities, health care, and illness among men. The goal was to understand which and how the restrictions imposed by ways of being a man contribute to the naturalization of experiences in contexts of illness and to understand how men appropriate the concept of health. To this end, semi-structured interviews were conducted with adult and elderly men, considering different existential markers such as sexual orientation, social class, and ethnicity. From the analysis of the interviews, units of meaning were demarcated based on what was most predominant in the participants' accounts. Generally, the study revealed that most men tend to seek medical attention in more severe cases, partly linked to a perception of self-sufficiency and non-recognition of risks, and also to a lack of time due to work. However, some participants recognized a perception that medical consultations are exclusively aimed at prescribing medications, so they do not feel "seen" or welcomed in their needs. Among the conditions of illness, the lack of support, mourning the loss of family members, and the loss of autonomy were pointed out as contexts in which they perceived themselves as ill. Conversely, for the interviewees, health care seems to be supported by the idea of a "healthy lifestyle," including diet and physical activity as central habits. Beyond this, one significant form of health care considered was contact with support relationships, centered on acceptance, encouragement, and presence in daily life; here, health is linked to the recognition of belonging and legitimacy of their 'places' in relationships. It is hoped that this research, supported by a phenomenological-hermeneutic and decolonial perspective, will contribute to new paths in the construction of a more plural project of 'being a man,' as well as in health interventions linked to a gender perspective. |
Descrição: | Orientador: Prof.ª Dr.ª Lucia Cecilia da Silva Dissertação (mestrado em Psicologia) - Universidade Estadual de Maringá, 2024 |
URI: | http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/9074 |
Aparece nas coleções: | 2.6 Dissertação - Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH) |
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