Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/9329
Autor(es): | Terto, Felipe Silva |
Orientador: | Oliveira, Robespierre de |
Título: | História, sofrimento e expressão : a crítica de Theodor Adorno à Filosofia da História de Hegel |
Banca: | Schütz, Rosalvo |
Banca: | Caux, Luiz Philipe Rolla de |
Palavras-chave: | Filosofia da história;Sofrimento;Expressão;Adorno, Theodor Wiesengrund, 1903-1969;Hegel, Georg Wilhelm Friedrich, 1770-1831 |
Data do documento: | 2025 |
Editor: | Universidade Estadual de Maringá |
Citação: | TERTO, Felipe Silva. História, sofrimento e expressão: a crítica de Theodor Adorno à Filosofia da História de Hegel. 2025. 149 f. Dissertação (mestrado em Filosofia) - Universidade Estadual de Maringá, 2025, Maringá, PR. |
Abstract: | RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo explorar a crítica da Filosofia da História na obra Dialética Negativa, de Theodor Adorno. No primeiro momento buscou-se compreender a nova geocultura da experiência histórica da modernidade para expor a gênese de um gênero filosófico novo até então, a Filosofia da História. A partir da compreensão de que o mundo moderno se constitui por meio de uma temporalidade não mais circular, mas ascendente, investigou-se as implicações disso à própria forma de pensar dos autores, cuja nascença é francesa, com destaque para Voltaire. Tendo em vista a aclimatação alemã das novas ideias francesas pode-se compreender como ela ganhará corpo em seu principal expoente nesse novo gênero filosófico, a saber, Hegel. O trabalho busca, então, explicitar as questões basilares da filosofia hegeliana da história para explicar a crítica que Adorno faz a ele. A exposição do contexto em que se situava a própria obra adorniana - após a primeira metade do século XX - iluminava o sentido de sua divergência e convergência com o ideário hegeliano. Procurou-se expor como Adorno não rechaça Hegel pura e simplesmente, mas encontra na obra hegeliana a expressão da falsidade do mundo, como se o motivo da crítica a Hegel fosse, na verdade, porque ele estava certo, mas o mundo errado. As reconciliações propostas no sistema hegeliano revelam-se uma racionalização do sofrimento presente na História, e caberia à crítica dar expressão a isso. O terceiro momento elucida como a própria questão da forma pela qual se fala desse sofrimento torna-se uma questão na obra de Adorno, o que faz com que a filosofia tenha que lidar com a questão de sua expressão. A partir do reconhecimento do caráter excessivamente violento de um evento como Auschwitz, o pensamento deve saber criticar a si mesmo e não impor-se autarquicamente sobre o objeto, como se fosse próprio de tais acontecimentos resistirem a uma representação precisa devido à sua desmesura. Por fim, buscou-se expor como Adorno encontra na obra de Samuel Beckett, em especial na peça Fim de partida, uma forma de expressão desse momento histórico e da própria experiência histórica do pós-guerra. Concluiu-se que a crítica da Filosofia da História de Adorno é uma tentativa de fazer com que o sofrimento inerente da história ganhe expressão para que a possibilidade de sua superação ainda mantenha-se possível. ABSTRACT: The aim of this research is to explore the critique of the Philosophy of History in Theodor Adorno's Negative Dialectics. At first, we sought to understand the new geoculture of the historical experience of modernity to expose the genesis of a new philosophical genre until then, the Philosophy of History. Based on the understanding that the modern world is constituted through a temporality that is no more circular, but ascending, we investigated the implications of this for the form of thinking of the authors, whose birthplace is French, especially Voltaire. In view of the German acclimatization of the new French ideas, it is possible to understand how it will take shape in its main exponent in this new philosophical genre, namely Hegel. The work then seeks to explain the basic issues of the Hegelian philosophy of history in order to explain Adorno's critique of it. The context in which Adorno's work was situated - after the first half of the 20th century - illuminated the meaning of his divergence and convergence with the Hegelian ideas. The aim was to show how Adorno did not reject Hegel outright, but found in Hegel's work an expression of the falsity of the world, as if the reason for criticizing Hegel was actually because he was right, but the world was wrong. The reconciliations proposed in the Hegelian system turn out to be a rationalization of the suffering present in history, and it would be up to critic to give expression to this.The third moment elucidates how the question of form how to talk about this suffering becomes a question in Adorno's work, which means that philosophy has to deal with the question of your expression. Recognizing the excessively violent nature of an event like Auschwitz, thought must be able to criticize itself and not impose itself autarchically on the object, as if such events could resist precise representation due to their excessiveness. Finally, we sought to show how Adorno finds in the work of Samuel Beckett, especially in the play Endgame, a way of expressing this historical moment and the post-war historical experience itself. It was concluded that Adorno's critique of the Philosophy of History is an attempt to give expression to the inherent suffering of history so that the possibility of overcoming it is still possible. |
Descrição: | Orientador: Prof. Dr. Robespierre de Oliveira. Dissertação (mestrado em Filosofia) - Universidade Estadual de Maringá, 2025 |
URI: | http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/9329 |
Aparece nas coleções: | 2.6 Dissertação - Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH) |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|
Felipe SilvaTerto_2025.pdf | 2,03 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.