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Autor(es): Moraes, Rebeca Cordeiro de
Orientador: Martines, Paulo Ricardo
Título: Arriscar pelo infinito : a aposta de Pascal
Banca: Sita, Patrícia Coradim
Banca: Pinto, Rodrigo Hayasi
Palavras-chave: Existência de Deus - Filosofia;Infinito;Finito;Pascal, Blaise, 1623-1662
Data do documento: 2025
Editor: Universidade Estadual de Maringá
Citação: MORAES, Rebeca Cordeiro de. Arriscar pelo infinito: a aposta de Pascal. 2025. 111 f. Dissertação (mestrado em Filosofia) - Universidade Estadual de Maringá, PR, Maringá, PR.
Abstract: RESUMO: Blaise Pascal (1623-1662), além de extraordinário homem de ciência, foi um notório apologista da religião de Cristo na Modernidade e, em especial, muito empenhado em converter para Deus quem dele se perdeu ou nunca o teve como norte. Em se tratando, pois, do ser imensurável, ele propõe uma "aposta" em favor da existência do divino a fim de que o incrédulo não rejeite o infinito. Para tanto, o francês não se dedicará a provar a existência de Deus nem delimitará suas possíveis atribuições e alcances, tal será a tarefa de pensadores que transformaram Deus em ídolo. O Deus pascaliano não será o Deus dos filósofos. Sem demonstrar a existência do Criador e sem desvendar seu enigma, Pascal se desdobrará em favor da crença. Arrisca-se, então, a finitude em favor da infinitude. Joga-se na esperança de Deus existir, porém sem denominá-lo nem reduzi-lo a um objeto "confortável" ao entendimento humano. Eis o caminho a ser trilhado: apostar pela existência de Deus está no horizonte do homem, lhe é plausível. A aposta de Pascal permite nutrir uma esperança pelo imensurável, pela verdadeira vida, pois ela se faz alento quando se considera a angústia da restrição da vida terrena. Assim, este trabalho pretende expor como o "jogo pascaliano" não atestará a existência de Deus, mas tentará manifestar a razoabilidade em dispor o que se tem pelo provável. Para além do rigor moral da filosofia pascaliana e sua completa devoção à Religião Cristã, a aposta não constrange o homem à crença nem estabelece um sistema ao qual Deus se encaixará. Ademais, apostar será lançar os dados para que o infinito, Deus, exista. Se a aposta pela existência não se confirmar, nada é perdido para o homem finito porquanto tudo o que este tem é, pois, limitado. Esta dissertação reconsidera a centralidade do fragmento 233 dos Pensamentos (1670) de Pascal, que se apresenta como um discurso em favor do indizível, cuja formulação permite ao homem finito, dual e decaído o reconhecimento de que é melhor crer
ABSTRACT: Blaise Pascal (1623-1662), besides being an extraordinary man of science, was a notorious Christian apologist in Modernity and, in particular, deeply committed to converting to God those who had lost sight of Him. Therefore, when dealing with the immeasurable being, he proposes a "wager" in favor of the existence of the divine so that the atheist does not reject the infinite. To this end, the Frenchman will not dedicate himself to proving the existence of God nor will he delimit His possible attributes, as would be the task of thinkers who have transformed God into an idol. The Pascalian God will not be the Philosophers? God. Without demonstrating the existence of the Creator and without unraveling His enigma, Pascal will bend over backwards in favor of the belief. Finiteness, then, is risked in favor of infinity. One gambles on the hope that God exists, but without naming Him or reducing Him to an object "comfortable" to human understanding. This is the path to follow: betting on the existence of God is within human horizons; it is plausible. Pascal's wager allows us to nurture hope for the immeasurable, for true life, for it becomes a source of encouragement when we consider the anguish of the restriction of earthly life. Thus, this work aims to expose how the "Pascalian game" will not attest God?s existence, but will attempt to demonstrate how reasonable the probable can be. Beyond the moral rigor of Pascalian philosophy and its complete devotion to the Christian religion, the wager does not constrain man to belief nor establish a system into which God will fit. Moreover, betting is to roll the dice for the infinite, God, to exist. If the wager for existence is not confirmed, nothing is lost for the finite man, since everything he has is, therefore, limited. This dissertation reconsiders the centrality of fragment 233 of Pascal's Pensées (1670), which presents itself as a discourse in favor of the unspeakable, whose formulation allows finite, dual, and fallen man to recognize that it is better to believe in infinte?s existence
Descrição: Orientador: Prof. Dr. Paulo Ricardo Martines
Dissertação (mestrado em Filosofia) - Universidade Estadual de Maringá, PR
URI: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/9337
Aparece nas coleções:2.6 Dissertação - Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH)

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